(Fonte da imagem: Reprodução/Reuters)
Os investimentos feitos pelas empresas de telefonia para implementar a rede 4G no país podem ter reflexo negativo sobre a qualidade da banda larga 3G em curto prazo. O principal motivo para isso seria o fato de que as operadoras teriam que remanejar investimentos de forma a dar prioridade à nova tecnologia, o que pode afetar aquela que já atende a 70 milhões de usuários.
Segundo a Ericsson e a Nokia Siemens, responsáveis por 70% do mercado de estações rádio-base para 3G no Brasil, houve uma desaceleração no segmento entre janeiro e março deste ano. “Grande parte dos recursos foram canalizados para cumprir a meta de cobertura da Copa das Confederações, então deu uma segurada no 3G”, afirmou à Reuters Wilson Cardoso, diretor de tecnologia para a América Latina da Nokia Siemens.
Apesar de os fornecedores continuarem otimistas quanto ao crescimento do segmento, a contenção nos investimentos mostra que as empresas adotaram uma nova postura com a chegada do 4G. “Não tem como as operadoras não continuarem investindo no 3G... mas existem dois problemas: um é o congestionamento da rede e outro é a cobertura”, afirma Eduardo Tude, da consultoria Teleco.
Problemas de rede
E é justamente quando se trata de capacidade de rede que a qualidade das conexões de banda larga móvel sofre no país. Aspectos como a estabilidade e velocidade das redes têm sido questionados por consumidores, órgãos reguladores e instituições de defesa do consumidor, que concordam que os planos vendidos não correspondem à velocidade oferecida pelas operadoras.
“Se você tem determinada infraestrutura capaz de atender ‘X’ usuários, e você vende 3 vezes ‘X’, a sua qualidade vai ser negligenciada”, explica Dane Azanzi, diretor superintendente do Instituto Avanzi. “As operadoras não conseguem implementar um sistema na mesma velocidade que vendem (os planos)”, finaliza.
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