Em parceria com a equipe de corrida da Ferrari, engenheiros do Max Planck Institute for Biological Cybernetics, na Alemanha, desenvolveram um incrível simulador de corridas. Batizado de CyberMotion Simulator, o gigante braço robótico reproduz todos os movimentos realizados pelo carro virtual e dá ao jogador a sensação de estar dentro das pistas.
O intuito dessa criação é estudar as sensações e sentimentos humanos em atividades radicais de movimento, o que justifica a escolha da Fórmula 1. Para isso, uma estrutura mecânica móvel de 2,2 metros de altura foi montada para recriar essas experiências.
O funcionamento é bastante simples. O jogador senta em uma pequena cabine situada na extremidade do braço do robô. À medida que ele “corre” no simulador, o dispositivo se move da mesma forma em todos os eixos, seja em momentos de aceleração ou de curvas.
Fonte: Cyberneum
Apesar de alguns elementos da Física não poderem ser reproduzidos, como a pressão realizada pelo vento decorrente da alta velocidade, outras são muito bem representadas. É o caso da mudança brusca de direção ou a experimentação da inércia enquanto freia. São exatamente esses pontos que a pesquisa visa estudar.
Além disso, para tornar tudo ainda mais próximo do real, outros efeitos foram adicionados. É possível ouvir o som intenso dos motores a todo o momento, assim como quando você acelera ou tenta ultrapassar outro piloto. Por mais que pareça banal, esses elementos servem para que a imersão do jogador seja intensificada, melhorando os resultados da análise.
O carro utilizado como base foi o modelo 2007 cedido pela Ferrari. Todas as características de engenharia do veículo foram transportadas para um computador que reproduz fielmente esses elementos, o que resulta na sensação de estar realmente pilotando.
A utilização de simuladores robóticos na Fórmula 1 não é novidade. A montadora RBR, por exemplo, possui um equipamento específico para que seus pilotos treinem e conheçam as pistas em que vão disputar os Grandes Prêmios.
A diferença, entretanto, é que o foco desse tipo de simulação não está no movimento, mas no reconhecimento. Por conta disso, em vez de um braço robótico, a empresa utiliza uma estrutura real de um carro, com direito a cockpit, volante e pedais. A movimentação, contudo, é bem mais discreta.
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