A IBM (International Business Machines) é uma das empresas mais tradicionais e poderosas do mundo tecnológico. O desenvolvimento de computadores com altíssimo desempenho de processamento de dados e investimentos em inteligência artificial (a tecnologia que possibilita a criação de robôs e androides nos filmes) são algumas das características mais fortes da organização.
Para estimular seus colaboradores e provar a qualidade de seus produtos, a multinacional afronta a inteligência humana através de desafios nada comuns. É posta em prática a velha e tão discutida disputa entre o homem e a máquina.
A “bola da vez” é descobrir quem é capaz de “pensar” com maior eficiência: o supercomputador Watson ou o maior campeão do programa norte-americano Jeopardy?
Esse é o Watson
Os engenheiros da IBM vêm desenvolvendo ao longo dos últimos três anos o Watson (o nome foi uma homenagem ao fundador da empresa, Thomas J. Watson). O objetivo da equipe é fazer com que este computador muito potente (e bota potente nisso!) vencer o quiz televisivo mais famoso dos EUA, o Jeopardy.
Neste programa distribuído pela CBS Television Distribution, três participantes são dispostos em frente a um painel com 30 monitores, nos quais são exibidas frases relacionadas com os mais diversificados temas - como política, ciência, artes, história e cultura popular. Para pontuar, cada concorrente deve formular uma pergunta que teria a frase escolhida como resposta.
Diferente, não é mesmo? Aqui no Brasil nenhum reality show apresentou tal formato, apenas no modelo em que o apresentador faz uma pergunta e o participante responde. Se essa forma de competir já é estranha, uma máquina tem dificuldades muito maiores.
O verdadeiro desafio
Eis que está o maior desafio do Watson: interpretar os enigmas, as ironias, as sutilezas e a subjetividade que possa existir no conteúdo apresentado durante a disputa. Sem falar nas infinitas possibilidades de assuntos abordados, no pouco tempo de processamento dos dados e na compreensão e adaptação das perguntas em uma linguagem humana (muito mais complexa que os símbolos estáticos da linguagem de computadores).
Um dos possíveis concorrentes para o supercomputador da IBM é Ken Jennings, vencedor de 75 edições consecutivas do programa, acumulando um montante de US$ 2,52 milhões no ano de 2004. Para ser justo, Watson não terá conexão com a internet durante o evento, que, segundo os boatos da web, deve ocorrer em 2011.
Estamos sendo superados pelas máquinas?
Esta não será a primeira vez que a IBM põe à prova a eficiência da inteligência do ser humano. Em 1997, o computador chamado Deep Blue contou com um processamento de 200 milhões de movimentos de xadrez por segundo para derrotar o campeão mundial da modalidade, o russo Garry Kasparov.
A derrota foi muito contestada na época e indícios de adulterações durante a partida foram motivos de reclamação por parte de Kasparov. Ele teria pedido uma revanche, mas a IBM não topou e “aposentou” o Deep Blue. Seria isso uma tentativa de encobrir alguma malandragem realizada?
Deixando de lado as especulações e polêmicas, fato é que as empresas de tecnologia investem pesado em sistemas cada vez mais potentes e parecidos com a forma que o homem processa informações. Afirmar que máquinas já podem imitar o funcionamento do cérebro humano é uma precipitação.
Entre dilemas éticos e expectativas futuristas, o que não podemos negar é que os computadores chegam mais longe a cada dia que passa. Quem ganha com isso? No fundo todos nós saímos vencedores, seja com novos equipamentos para a área da saúde, inovações nos meios de comunicação ou a forma como os negócios são administrados. A tecnologia e o homem sempre andarão juntos rumo à prosperidade.
Aonde a capacidade de processamento e de inteligência artificial das máquinas pode chegar? Corremos risco de sermos dominados por supercomputadores ou isso não passa da ficção cinematográfica? Deixe sua opinião no espaço destinado para comentários!
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