Agora é oficial! Depois de centenas de boatos e rumores, finalmente a Google apresentou o que o mundo inteiro estava tentando descobrir. Em uma conferência no QG da empresa em Mountain View, na Califórnia, Bradley Horowitz, vice-presidente de produtos falou o que todos queriam ouvir.
A nova ferramenta se chama Google Buzz e é mais uma tentativa da Google em fazer sucesso com redes sociais. O anúncio começou com um discurso sobre as redes sociais e a necessidade de compartilhar tudo em tempo real, que nasceu com o Twitter. Com estes temas ficou fácil saber qual era a cara do Buzz.
Tiros na água
A Google parece não ter sorte quando se fala em redes sociais. Ao lançar o Orkut, em 2004, a empresa chamou a atenção, mas com a invasão de brasileiros, indianos e outros países, os norte-americanos perderam o interesse pelo site de relacionamentos. Sendo assim, Orkut é sinônimo de sucesso em alguns países, mas carta fora do baralho para a Google.
O mesmo aconteceu com o Wave e com outra plataforma nos moldes Second Life, chamada Lively. Ambas morreram na praia e a “onda” do Wave virou uma marolinha, pois ninguém sabe ao certo para que ele serve.
Como vai funcionar?
O Google Buzz vai se integrar ao Gmail, sendo assim, sob o link da caixa de entrada, os usuários do serviço que já tiverem suas contas migradas, podem conferir o link “ ” ao entrar no Gmail. A nova ferramenta trabalha com integração maciça aos serviços Google e aposta na interação, pois você pode compartilhar vídeos do YouTube, fotos do Picasa, mostrar onde está através do Google Maps e muito mais.
Para conhecer um pouco mais sobre o serviço, assista ao vídeo a seguir:
Cinco características
O evento começou com a apresentação das cinco principais características do Buzz:
1. Auto following: Pessoas com que você trocou ou troca emails são adicionadas automaticamente como contatos. Isso já acontece com o Gtalk.
2. Compartilhamento rápido: com a integração com o YouTube, Picasa, Flickr, Google Reader, Twitter e Google Chat, fica mais fácil compartilhar vídeos, fotos, feeds e recados. É possível até usar o “reply” do Twitter, com @ e tudo.
3. Compartilhamento público ou privado: é possível compartilhar vários tipos de conteúdo e definir se eles serão públicos ou exclusivos aos seus contatos.
4. Integração com a caixa de entrada: o que é postado no Buzz, volta para você em formato resumo por email. E o melhor, você pode continuar a conversa pela sua caixa de entrada.
5. Só coisas boas: o usuário pode usar o Buzz para aprovar ou não uma mensagem de um contato. Logo abaixo da mensagem há um botão para “gostar” ou não. Além disso, o próprio serviço recomenda postagens interessantes que combinam com você.
Onde você estiver
Além de todos esses serviços de sucesso, o Buzz vai se conectar ao Google Maps e, com uma camada especial, exibir sua posição e a de amigos ou usuários Buzz usando o geo-tagging. Sendo assim, ao acessar o serviço, ele busca por pessoas conectadas perto de você e as exibe na tela.
Ainda é possível localizar pessoas próximas ou procurar por amigos. Basta mudar a opção “Nearby” para “Following” e ver onde as pessoas que você segue estão. Vale lembrar que o Buzz está disponível apenas no iPhone e celulares com Android.
Para completar o pacote, o Google Maps sugere endereços como: restaurantes, cinemas, shoppings, bares e baladas ao seu redor. Com isso, é mais fácil acertar no convite, pois você sabe que a pessoa está perto de você e de um lugar interessante.
Para conhecer mais e melhor essas e outras funções do Buzz em dispositivos móveis, assista ao vídeo a seguir.
Tenha calma
A nova funcionalidade do Gmail ainda não está disponível para todos os usuários. De acordo com a Google, dentro de alguns dias todos podem acessar o Buzz pelo Gmail. Além da paciência, é bom saber que o serviço não exige convite para entrar, ao contrário do Google Wave e Orkut. Portanto, tome cuidado ao receber emails com anexos ou links oferecendo convites, pois eles não existem.
Qual a utilidade?
Sergey Brin, um dos fundadores da Google, salientou na conferência que as redes sociais em geral fazem as pessoas perderem tempo. Com o Buzz será o contrário, pois ao agrupar tantas ferramentas em um só lugar, ele contribuirá para o aumento da produtividade. Será?
Obviamente, não se pode dizer que o Buzz serve para isso e ponto, afinal há inúmeras possibilidades de uso. Assim como o Twitter, que teve sua utilidade descoberta aos poucos, o Buzz pretende seguir o mesmo caminho. Só esperamos que não seja o mesmo do Wave.
Depois de hoje, a Google escancarou para o mundo que não quer mais ficar para trás no mundo das redes sociais, pois até a Microsoft já tem a sua integrada ao Hotmail. Só resta torcer para que o Gmail não seja sobrecarregado de funcionalidades e perca sua principal característica: ser fácil de usar.
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