(Fonte da imagem: Divulgação/Warner Bros.)
O que aconteceria se praticamente tudo o que existisse em nosso planeta fosse transformado em dados e enviado para uma versão digital da Terra, quase como em um simulador de vida? Particularmente, não faço ideia, mas é o que alguns cientistas da União Europeia querem fazer com o Living Earth Simulator.
Embora pareça algo retirado diretamente de algum filme de ficção científica — "Matrix", alguém? —, o projeto pode estar prestes a começar, principalmente com a ideia de usar essas informações do “mundo virtual” para prever possíveis fenômenos aqui fora. Com isso, seria possível se preparar para possíveis catástrofes climáticas, como o aquecimento global ou o resultado de terremotos e tsunamis em determinados pontos do planeta.
O que mais impressiona, no entanto, não é o fato de termos um computador capaz de simular todos esses eventos, já que os pesquisadores querem ir além e relacionar fatos e outras variáveis para antecipar acontecimentos que, na teoria, seriam impossíveis de serem imaginados. Lembra-se de “Minority Report: A Nova Lei”? Pois é algo bem parecido.
SimCity já fazia isso. (Fonte da imagem: Divulgação/Electronic Arts)
É claro que, para tornar um projeto tão ambicioso quanto o Living Earth Simulator em realidade, será preciso desembolsar uma boa quantia de investimentos. De acordo com a previsão dos pesquisadores, será necessário um valor acima da marca de US$ 1 bilhão para que uma máquina capaz de processar todos esses dados realmente fosse viável — além de 10 anos de desenvolvimento.
Porém, para que os pesquisadores realmente consigam essa verba de investimento, será preciso provar que a simulação da vida será algo realmente útil. Se o mundo virtual conseguir prever um novo tsunami, por exemplo, a ponto de ajudar as autoridades locais a impedir uma catástrofe como a que aconteceu no ano passado, já é um bom começo para provar a serventia da “Matrix”.
No entanto, só saberemos se teremos uma versão digital da Terra no final deste ano, quando a Comissão Europeia irá anunciar os projetos que receberão apoio financeiro. Se o Living Earth Simulator for aceito, sua construção e coleta de dados começarão já no início de 2013.
Fonte: Technology Review, Dvice
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