Indo direto ao assunto: QD-LED é a abreviação de “Quantum Dots - Light Emitting Diodes”, ou seja, “diodos emissores de luz que utilizam pontos quânticos”.
Mas não se assuste, pois esses “pontos quânticos” nada mais são do que cristais inorgânicos de tamanhos nanométricos, os quais são capazes de criar luz quando estimulados por fótons ou elétrons.
Até o presente momento, a utilização dos pontos quânticos já foi estudada em transistores, células solares, LEDs e lasers díodo. Além disso, também está sob pesquisa a sua utilização em imagens médicas e, até mesmo, sua utilização na Computação Quântica. Mas voltemos ao escopo do artigo.
A técnica que permite a utilização dos QD em telas pode ter sido inspirada em uma experiência realizada por Michael Bowers, estudante da Vanderbilt University (em Nashville, nos EUA), todavia, em 2002, outra experiência, envolvendo a criação de uma tela de QDs, foi feita no Massachusetts Institute of Technology. O experimento de Bowers consistia em envolver um LED azul com pontos quânticos que brilhavam na cor branca em resposta à cor azul. O resultado foi uma luz branca amarelada quente, parecida com aquela vista em lâmpadas incandescentes.
Créditos: Walkman16
No entanto, não é somente o branco amarelado que os pontos quânticos são capazes de produzir. Muito pelo contrário, milhares de cores podem ser obtidas com a simples alteração do tamanho e / ou estrutura do cristal do ponto quântico, em outras palavras, as cores emitidas pelos pontos quânticos dependem dos tamanhos / estruturas de seus cristais.
Por sua vez, talvez inspirada em Bowers, em junho de 2006 a QD Vision anunciou o seu êxito ao criar uma tela composta de pontos quânticos, a qual foi capaz de exibir cores claras em todo o espectro visível pelo olho humano, assim como em parte do espectro infravermelho. Além disso, por causa da capacidade dos QD de emitir luz em distribuições gaussianas extremamente específicas, as telas feitas com eles resultam em uma renderização e saturação das cores muito mais avançada.
Em comparação com uma tela LCD, uma feita de pontos quânticos é extremamente mais eficaz e barata. Confira: enquanto uma tela LCD precisa filtrar suas luzes para atingir determinadas cores, a feita de QDs é capaz de emitir a mesma cor, basicamente, sem qualquer processo intermediário.
O resultado de tal diferença é que uma tela LCD consome dez vezes mais energia do que uma de pontos quânticos e exibe cores menos precisas. Além disso, enquanto uma tela LCD é capaz de emitir 500 candelas (unidade de medida para intensidade luminosa) por metro quadrado, uma QD-LED pode chegar a emitir 9000 candelas.
Por outro lado, se comparada a uma tela OLED, o tempo de vida da QD-LED é muito maior, pois seus pontos quânticos são feitos de material inorgânico, enquanto a OLED, como o próprio nome diz, utiliza material orgânico. Ou seja, exagerando bastante, podemos comparar a OLED com uma laranja e a QD-LED com uma barra de ouro. Qual se decompõe primeiro?
E você? Acha que as QD-LED chegarão com tudo ao mercado e derrubarão todas as outras? Deixe sua opinião!
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