O Universo é simplesmente fantástico, seja pelas belas imagens proporcionadas ou até por todas as dúvidas despertadas nas mentes mais curiosas. Uma dessas mentes é a do astrofísico Neil DeGrasse Tyson, diretor do Hayden Planetarium no Museu Americano de História Natural e apresentador da série de TV NOVA scienceNOW.
Tyson é uma figura extremamente reconhecida e respeitada, além de ter uma compreensão do Universo fora de série. Não bastasse isso, o astrofísico é um comunicador de mão-cheia. Ele participou do quadro “10 Questions” (“10 perguntas”) da revista TIME, no qual leitores enviam perguntas ao participante da vez. Ao ser perguntado sobre qual seria o fato mais impressionante em relação ao Universo, Tyson deu uma resposta simples, inspirada, articulada e muito intrigante.
Entre outras afirmações, ele disse que “o Universo está em nós”. Quer dizer, os átomos responsáveis pela vida na Terra vieram das estrelas para as quais podemos olhar hoje. Portanto, há um nível de conectividade entre o Universo e nós e, por isso, não precisamos nos sentir tão pequenos diante de sua magnitude.
Não é tão complicado
Tyson conta tudo de um jeito muito simples. Pense que tudo começou em um ponto onde temperaturas e pressões extremas cozinharam elementos leves e os transformaram em estrelas pesadas que vieram a explodir, espalhando carbono, nitrogênio, oxigênio e todos os outros ingredientes da vida — que antes compunham as entranhas dessas estrelas.
Esses ingredientes então se tornaram parte de nuvens de gás que condensaram, entraram em colapso e formaram a próxima geração de sistemas solares. Pode parecer complicado, mas veja como a tradução do discurso de Tyson deixa tudo mais claro e compreensível.
Nas palavras de Neil DeGrasse Tyson
“O fato mais surpreendente é saber que os átomos que abrangem a vida na Terra — os átomos que formam o corpo humano — podem ser rastreados aos pontos que cozinharam elementos leves, transformando-os em elementos pesados em seus núcleos sob temperaturas e pressões extremas.
Essas estrelas, as mais pesadas entre elas, tornaram-se instáveis em seus últimos anos. Elas entraram em colapso e então explodiram, espalhando suas enriquecidas entranhas pela galáxia — entranhas compostas de carbono, nitrogênio, oxigênio e todos os ingredientes fundamentais da vida em si.
Tais ingredientes se tornaram parte de nuvens de gás que condensam, entram em colapso, formam a próxima geração de sistemas solares: estrelas com planetas em órbita, e tais planetas agora têm os ingredientes da vida em si.
Então, quando eu olho para o céu à noite, eu sei que, sim, somos partes deste Universo, estamos neste Universo. Mas, talvez mais importante que esses dois fatos, é que o Universo está em nós.
Quando penso nisso, olho para cima — muitas pessoas se sentem pequenas porque elas são pequenas e o Universo é grande, mas eu me sinto grande, pois meus átomos vieram dessas estrelas. Há um nível de conectividade.
Isso é o que você realmente quer na vida: se sentir conectado, relevante, como um participante em acontecimentos e eventos ao seu redor. Isso é precisamente o que somos, simplesmente por estarmos vivos”.
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