Engenheiros da Ford anunciaram o desenvolvimento de um automóvel protótipo cujo assento monitora a frequência cardíaca do motorista. De acordo com um comunicado oficial da montadora, o objetivo é reduzir o número de acidentes causados por ataques cardíacos sofridos por motoristas.
Uma pesquisa de três anos conduzida pela Impaired Motorists revelou que motoristas que sofrem de alguma condição cardiovascular têm 23% mais chances de se envolver em acidentes. Para quem sofre de angina, esse número sobe para 52%. A pesquisa destaca que, como a população acima de 65 anos tende a aumentar, o número de motoristas que correm esses riscos também tende a crescer consideravelmente.
O protótipo é equipado com seis sensores de tecnologia ECG (eletrocardiografia) que monitoram os impulsos elétricos do coração através das roupas do motorista. Ao menor sinal de anormalidade, o condutor tem sua atenção chamada para procurar ajuda médica.
Além de detectar sinais de um ataque cardíaco, o sistema também detecta outros problemas, como pressão alta. “Isso não somente beneficia o motorista, mas também pode deixar as estradas mais seguras para todos”, afirma Achim Lindner, médico do Ford Research Centre.
A pesquisa também visa estudar como o sistema pode ser utilizado em conjunto com outros dispositivos em carros Ford. Uma possibilidade é se conectar ao Ford SYNC ou MyFord Touch (com expectativa de lançamento na Europa em 2012) que utiliza o celular do motorista para enviar uma mensagem a hospitais com um alerta.
A pesquisa de desenvolvimento desse sistema começou em 2009. Os primeiros testes apontaram leituras corretas durante 98% do tempo na direção para 95% dos motoristas.
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