Não há como negar que a Apple está passando por uma de suas piores polêmicas desde que o público descobriu que ela desacelerava os aparelhos do público em prol da bateria. E enquanto ela tem que lidar com toneladas de processos, além de chegar ao ponto de mandar um pedido de desculpas oficial, as outras empresas de eletrônicos estão fazendo de tudo para deixar bem claro que não utilizam dessas práticas.
As duas primeiras empresas a se pronunciarem sobre o assunto foram a HTC e a Motorola, através de emails enviados ao site The Verge. Segundo a fabricante taiwanesa, diminuir o processamento de um aparelho com o envelhecimento da bateria “não é algo que nós fazemos”; já o braço norte-americano da Lenovo foi direto: “Nós não regulamos a performance de CPU baseado em baterias mais velhas”, avisou um porta-voz.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Nunca fizemos, nunca faremos! Nós ligamos para o que nossos consumidores pensam
Logo depois, por sua vez, declarações semelhantes vieram da Samsung e da LG ao Phone Arena. “Nunca fizemos, nunca faremos! Nós ligamos para o que nossos consumidores pensam”, explicou um representante da LG.
Já a fabricante dos aparelhos Galaxy explicou em maiores detalhes todo o seu processo para garantir uma maior vida da bateria – o que não inclui a redução de CPU de maneira alguma:
“A qualidade de produto tem sido e sempre vai ser a prioridade máxima da Samsung Mobile. Nós garantimos uma vida de bateria estendida de dispositivos móveis da Samsung através de múltiplas camadas de medidas de segurança, o que inclui algoritmos de software que governam a corrente de carregamento de bateria e duração de carregamento. Nós não reduzimos a performance de CPU através de atualizações de software através dos ciclos de vida do celular.”
Com tamanha agitação feita pelo público, não deve ser surpresa que ainda mais empresas surjam para fazer declarações semelhantes. Afinal, depois de tudo o que ocorreu com a Apple (e da multidão raivosa que praticamente se juntou para querer a linchar a empresa desde então), a última coisa que as companhias querem é ser marcada por cometerem atos semelhantes.