Trabalhando em parceria com a operadora sueca Telia, a Ericsson está finalizando os testes de campo do que promete ser a primeira tecnologia 5G implementada em caráter experimental na Europa. A promessa é que em breve os habitantes de Estocolmo e Tallinn (na Estônia) possam aproveitar a rede que promete velocidades até 50 vezes maiores que as redes 4G de atualidade.
Os testes foram conduzidos na cidade de Kistan, na Suécia, e incluíram testes de velocidade e de latência no espectro de 800 MHz da banda de 15Ghz. Segundo a empresa, foram atingidos picos de transferência de 15 Gbps com latências de 3 milissegundos — valor impressionante e que deve ajudar operadoras ao redor do mundo a suprir a demanda crescente por conectividade mobile.
Apesar do sucesso dos testes, Raigo Neudorf, porta-voz da Telia, afirma que ainda há muito cedo para saber como a tecnologia vai ser implementada em Tallinn (algo que deve acontecer em 2018). “Obviamente a rede não vai cobrir todo o país ou mesmo toda a cidade. Mas estamos planejando demonstrar as soluções possíveis e os campos de uso do 5G para serviços de rede e consumidores”, afirmou ele ao ZDNet.
Tecnologia-base para o futuro
Embora valores não tenham sido discutidos, ele também garantiu que o investimento necessário e o preço cobrado pela conexão são maiores que os praticados no 4 G — algo comum quando falamos de novas tecnologias. “Presumivelmente, vamos ter um grande número de estações-base pequenas e ‘invisíveis’ para usar o 5G em cidades”, explicou o representante.
A previsão é que bilhões de dispositivos vão se conectar à internet nos próximos anos
“A maior velocidade que o 5G oferece nos dá várias oportunidades que o 4G não proporciona. Nos últimos anos testemunhamos um grande aumento no uso de vídeos pela internet. Essa tendência vai continuar e o 5G vai permitir streamings maiores e com melhor qualidade, o que pode trazer experiências em 360 graus e a qualidade 4K a consumidores”.
Para completar, a Telia acredita que a tecnologia deve ajudar a aprimorar o campo da Internet das Coisas e expandir o campo das máquinas autônomas e da medicina remota. “A previsão é que bilhões de dispositivos vão se conectar à internet nos próximos anos, então está claro que as redes 4G atuais não conseguem lidar com esse volume”, conclui Neudorf.
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