Conferência da Xiaomi no Brasil foi cheia de alfinetadas no iPhone

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Se depender do preço de R$ 499 e das especificações técnicas, os rivais do Xiaomi Redmi 2 serão os smartphones intermediários, como o Moto G (de ambas as gerações) e o LG G3 Beat. Porém, a empresa parece ter uma rivalidade pessoal com o iPhone — e isso ficou claro durante a conferência brasileira da marca.

Vice-presidente internacional da Xiaomi, o brasileiro Hugo Barra bateu várias vezes no concorrente da Apple na apresenação do Redmi 2. Foram ao menos quatro momentos. No primeiro, ele citou que o celular da marca chinesa possui uma tela praticamente equiparada com a do iPhone 6 (mesmo tamanho em polegadas, resolução um pouco menor e quase o mesmo número de ppis).

Em seguida, citou que a bateria do Redmi 2 é 25% maior que a do iPhone 6 — 2.265 mAh contra 1.810 mAh do celular da Apple. Aqui, vale um adendo: a comparação é um pouco exagerada, já que existem muitas outras variáveis na hora de medir "tamanho" de bateria.

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Hugo Barra ainda comparou o sistema de desinstalação e movimentação de aplicativos pelas telas do iOS e do Android tradicional com o do MIUI 6. Ele mostrou no telão como o procedimento funciona no celular do rival e depois arrancou aplausos com o procedimento no Redmi 2.

Por fim, o iPhone 6 apareceu na tabela comparativa final do Redmi 2, junto com alguns aparelhos intermediários. Ele tem de longe o maior preço entre os dispositivos exibidos.

É mesmo um rival?

É possível questionar a ação da Xiaomi de "alfinetar" o iPhone o máximo possível na apresentação. Isso porque o público é um pouco diferente e quem quiser usar o iOS (e puder pagar por um) provavelmente vai mesmo optar pelo iPhone, sem considerar o Redmi 2. Uma ideia seria brigar com outras fabricantes de dispositivos Android, que serão os rivais aqui no Brasil em preço e especificações, mas parece que a Xiaomi adotou uma política de boa vizinhança com as demais marcas.

O preço no Brasil faz com que a competição seja bem mais discrepante, transformando iPhone e Android em dois universos bem diferentes. Além disso, a comparação entre especificações técnicas também não é precisa, já que as arquiteturas são bem diferentes e os sistemas operacionais trabalham de outras formas. De qualquer forma, é curioso notar como a Xiaomi se preocupou em sujar a imagem da Apple na apresentação.

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