Lei Jun durante evento realizado em Pequim. (Fonte da imagem: Reprodução/Bloomberg)
A Xiaomi, nova fabricante chinesa de eletrônicos que pretende dominar o mundo dos celulares, vai de fato chegar ao Brasil anda neste ano. Em comunicado divulgado nessa quarta-feira (23) durante conferência realizada em Pequim, a empresa revelou também que outros nove mercados deverão começar a comercializar seus produtos. Começando pela Rússia, Índia e pelas terras tupiniquins (conforme prometido por Hugo Barra em março), as vendas serão feitas também na Malásia, Indonésia, Tailândia, Vietnã, Turquia, México e nas Filipinas.
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O anúncio foi feito por Lei Jun, fundador e CEO da Xiaomi. “Você pode certamente chamar isso de uma ‘expansão’”, comentou Bin Lin, presidente e cofundador da companhia durante o evento realizado na capital chinesa. “Nossa missão e nossa crença é de que este modelo deverá ser capaz de alcançar alguns níveis de sucesso fora da China”, disse ainda Lin.
A “Apple da China”
As empreitadas da Xiaomi têm ganhado destaque nos últimos meses. Fundada em 2010, a empresa foi avaliada, já em seus primeiros três anos de existência, em aproximadamente US$ 10 bilhões – em 2012, 7 milhões de smartphones foram produzidos pela fabricante; no ano seguinte, a marca dos 18 milhões foi atingida. Estes números apenas reforçam o que foi revelado como meta por Barra, brasileiro e vice-presidente da companhia, há alguns meses: “a Xiaomi será uma potência global até 2016” (saiba mais aqui).
Hugo Barra, brasileiro vice-presidente da Xiaomi. (Fonte da imagem: Reprodução/CNET)
Os objetivos da chamada “Apple da China” são pretenciosos: “Até 2015, as vendas deverão aumentar em cinco vezes (para 100 milhões de telefones)”, reforçou Jun, o carismático dono da notável companhia. A fala do executivo faz sentido se levados em conta os números registrados pela Xiaomi apenas em um dia: em 08 de abril, o equivalente a US$ 240 milhões foi angariado pela fabricante somente por meio de vendas feitas online.
Smartphones top de linha a preços acessíveis
Mas a estratégia da Xiaomi baseia-se exatamente em quê? Fazer com que aparelhos top de linha possam ser adquiridos a preços palatáveis é a principal frente de ataque da empresa. Vale mencionar, por exemplo, o Mi3: com processador Snapdragon 800 quad-core de 2,3 GHz, 2 GB de RAM, tela em Full HD de 5 polegadas, câmera de 13 MP e bateria de 3.050 mAh, o produto é vendido por cerca de R$ 760 – valor consideravelmente menor quando smartphones também robustos como Galaxy S5 ou iPhone 5S são levados em conta.
Mi3 é o aparelho top de linha da empresa. (Fonte da imagem: Reprodução/Xiaomi)
Novos roteadores
O evento realizado em Pequim foi palco também para a apresentação de um novo produto da Xiaomi. Tido como “o dispositivo mais barato da categoria”, um minirroteador foi anunciado pelo preço de aproximadamente R$ 50. O aparelho, vendido nas cores azul, verde, rosa, branca e laranja, está sendo comercializado atualmente apenas em território asiático.
Novos roteadores foram anunciados. (Fonte da imagem: Reprodução/Techinasia)
Uma atualização do set-top box para televisores foi também anunciada: agora, as TVs vão oferecer suporte à resolução 4K. Quer saber mais sobre esta promissora empresa? Clique aqui e descubra como a Xiaomi deverá invadir os mercados do mundo até 2016.
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