Embora venha adotando uma estratégia mais cautelosa dentro do Brasil, sem planos de trazer novos smartphones ao país no curto prazo, a Xiaomi parece estar se preparando para expandir o seu domínio do Oriente para o resto do mundo. Informações recentes indicam que a companhia chinesa está comprando impressionantes 1,5 mil patentes da Microsoft e fechando acordos com a empresa de Redmond que podem dar bases para que a fabricante avance no Ocidente.
Segundo informações da Reuters, o acordo vai além da venda dos documentos – algo que por si só já é incomum para a Microsoft –, incluindo também a determinação de um arranjo de licenciamento cruzado de patentes. Somando-se a isso, a Xiaomi teria se comprometido a trazer aplicativos da Gigante dos Softwares, como o Office e o Skype, pré-instalados em seus próximos smartphones e tablets.
Abrindo portas para o mundo
Falando com a agência de notícias, as duas companhias teriam confirmado que as medidas são parte do início de uma parceria de longo prazo. De acordo com analistas, as ambições da Xiaomi de se tornar uma grande marca internacional foram atrapalhadas por patentes fracas e pelo medo de longas batalhas judiciais. “Esse acordo pode dar a eles uma reserva de documentos [boa o suficiente] para seguirem para mercados ocidentais”, destaca o especialista Sameer Singh.
A posição da Xiaomi vem sendo atacada por concorrentes dentro da China
O analista ressalta que a posição da empresa dentro da China vem sendo atacada até mesmo por fabricantes de dispositivos Android mais de entrada, de forma que se tornou necessário para a Xiaomi encarar a concorrência no exterior. Segundo a Strategy Analytics, os envios de celulares da companhia caíram 9% em um ano no território chinês e ela vem perdendo sua fatia de mercado para competidores como Huawei, Samsung, Oppo e Vivo.
Falando com a Reuters, o vice-presidente sênior da Xiaomi, Wang Xiang, afirmou que a aquisição das patentes da Microsoft inclui tecnologias de comunicações faladas, recursos multimídia e computação em nuvem. As novidades se juntam aos 3,7 mil documentos que a fabricante chinesa já possui, servindo como “um passo importante adiante para apoiar nossa expansão internacionalmente”, nas palavras do executivo.
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