O Redmi 2 marca a estreia da Xiaomi no Brasil. O primeiro aparelho da empresa a ser vendido por aqui vai brigar pelo mercado de celulares intermediários e de entrada e chega com preço bastante competitivo: R$ 499. Além disso, ele é o primeiro modelo Dual SIM 4G do mercado brasileiro.
Para que isso fosse possível, a empresa decidiu cortar custos e optou por um modelo de negócios em que vende apenas diretamente para o consumidor, sem as tradicionais lojas intermediárias. Será que vale a pena investir seu dinheiro no Redmi 2? Isso é o que vamos descobrir agora nesta análise.
Testes de benchmark
Para realizar esta análise, utilizados três aplicativos de benchmark distintos para avaliar o hardware do Redmi 2: o 3D Mark (Ice Storm Unlimited), o AnTuTu Benchmark 5 e o Vellamo Mobile Benchmark (HTML 5 e Metal).
3D Mark (Ice Storm Unlimited)
Bastante conceituado entre entusiastas, o 3D Mark oferece uma série de testes direcionados a avaliar diferentes aspectos de um dispositivo. Para o Xperia C4, usamos o Ice Storm Unlimited, que mede principalmente o desempenho em jogos eletrônicos. Quanto maior a pontuação exibida, melhor a performance.
AnTuTu Benchmark 5
Uma das opções mais completas da categoria, o AnTuTu realiza testes de interface, CPU, GPU e memória RAM. Pontuações maiores representam um smartphone com um desempenho melhor.
Vellamo Mobile Benchmark
O Vellamo oferece dois testes para os aparelhos: o HTML 5 (que testa a capacidade de navegação) e o Metal (que avalia o processador). Ao final das análises, uma nota é atribuída ao aparelho em cada um desses quesitos — quanto maior a pontuação, melhor o desempenho do produto analisado.
Design
Em termos de design, o Redmi 2 é bastante simples. A tampa traseira plástica é removível tem acabamento fosco. Na parte frontal, os botões capacitivos são vermelhos e acabam se destacando por conta disso. Infelizmente, eles não são retroiluminados, o que pode incomodar um pouco na hora de usar o celular no escuro.
O aparelho transmite uma sensação de resistência e seu manuseio é bastante agradável. Se não há muitas inovações neste quesito, por outro lado seu design cumpre bem o seu papel e a Xiaomi entrega uma produto de boa qualidade e compatível com a sua proposta.
Tela
O display do Redmi 2 conta com proteção AGC Dragontrail, o que o torna menos susceptível a riscos. A tela do aparelho da Xiaomi tem um alto índice de brilho e as cores são nítidas. O índice de reflexos na tela é baixo, de forma nesse quesito que o aparelho oferece configurações bastante adequadas para a sua categoria.
Aliás, esse é um dos modelos mais competitivos nessa faixa de hardware. Com resolução HD (1280x720 pixels), as 4,7 polegadas de tela do aparelho o colocam lado a lado em termos de tamanho com smartphones mais populares entre os brasileiros.
Desempenho
Tenha em mente que o hardware do Redmi 2 tem as suas limitações naturais. Como um celular de entrada, ele se destaca pelo bom desempenho nas tarefas cotidianas, como a transição entre apps e a execução de aplicativos simples. Apesar disso, a Xiaomi optou por enquadrá-lo como um modelo intermediário - categoria em que ele não é o melhor, mas não decepeciona.
Jogos que requeiram maior poder de processamento podem requerer um tempo a mais de loading, mas tudo dentro da normalidade. Em nossos testes, não ficamos na mão em praticamente nenhum momento, o que mostra que a combinação de software e hardware proposta pela empresa foi bastante acertada. Consideramos esse um ponto bastante positivo do aparelho.
Interface
É na interface MIUI que estão as maiores diferenças do Redmi 2. Praticamente é como se você tivesse um novo sistema operacional rodando sobre o Android 4.4. A boa notícia é que as modificações da Xiaomi mantiveram o bom desempenho e ainda acrescentaram funções que, na maioria das vezes, ajudam o usuário.
A transição é suave e há muitos atalhos para acessar ferramentas. É possível ainda aplicar temas com facilidade, já que há uma loja com uma infinidade de opções gratuitas. Dá pra perceber que a Xiaomi caprichou nos detalhes e na organização, e mesmo incluindo muita coisa a usabilidade não foi sacrificada.
Além disso, ao plugar o celular em um PC com Windows, por exemplo, o sistema automatica puxa um gerenciador de aplicativos. Esse software é o responsável por gerenciar suas fotos e vídeos. Sua usabilidade é simples e e organizada, tornando o processo de localizar conteúdo no smartphone rápido e objetivo.
Câmera
A câmera traseira do Redmi 2 é apenas razoável. Entretanto, para uma celular dessa faixa de preço, ela pode ser considerada acima da média se comparada a de outros aparelhos, como o Moto E. Mesmo nas fotos diurnas é perceptível uma leve granulação, mas nada que vá incomodar o usuário. Já nas fotos noturnas, a qualidade cai bastante, mas essa nào é uma exclusividade do Redmi 2.
Na câmera frontal, há duas boas inovações. Na hora do selfie, o software identifica sua faixa etária e aplica filtros específicos, deixando a imagem menos artificial. Há também um timer no selfie, localizado logo abaixo da câmera: isso evita que você olhe para outros pontos na hora da foto.
Bateria
Os 2.200 mAh de bateria do Redmi 2 são suficientes para um usuário comum passar o dia inteiro sem precisar recarregar o aparelho. Por padrão o celular vem configurado em um mo do equilibrado de energia. Se você quiser mais desempenho, é possível ativar o modo “maratona”, que faz com que não haja economia em nenhum item, como brilho de tela, por exemplo.
Áudio
O Redmi 2 não vem acompanhado por fones de ouvido. Porém, o alto-falante do aparelho, localizado na parte traseira é de boa qualidade, com sons claros e baixo índice de distorção, característica essa que é perceptível apenas com o volume no máximo.. Certamente, você não terá problema algum nesse quesito.
Vale a pena?
A Xiaomi começou com boas credenciais no Brasil. O Redmi 2 chega às lojas com um preço extremamente competitivo e com configurações atraentes para o consumidor. Em nossos testes, o aparelho não decepcionou e mostrou que tem um conjunto equilibrado e com boas inovações relacionadas ao software.
Aliás, a interface MI UI é praticamente um novo sistema operacional sobre o Android, com recursos próprios aplicados de forma a tornar a usabilidade mais agradável. Sem dúvida, ao que parece, está surgindo um novo campeão entre os modelos Android com preço abaixo de R$ 500. E quem ganha com isso é o consumidor.
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