Review: smartphone Xiaomi Redmi 2 Pro

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A Xiaomi chegou há poucos meses ao Brasil com o smartphone Redmi 2, modelo com preço bastante competitivo que veio para brigar com celulares intermediários e de entrada.

Prós
  • Design caprichado
  • Boa configuração de hardware
  • Câmera com alta qualidade
  • Som não deixa a desejar
  • Dobro de memória RAM
  • Mais espaço de armazenamento
  • Interface elegante
  • Preço camarada

Acontece que a fabricante chinesa viu que muitos consumidores brasileiros são mais exigentes, o que a levou a trazer uma versão mais robusta para o território tupiniquim.

Recentemente, a companhia nos enviou um exemplar do Xiaomi Redmi 2 Pro para teste. O aparelho analisado é compatível com dois chips e tecnologia 4G, mas se diferencia do antecessor por sua configuração de hardware mais poderosa. Vamos ver se vale a pena investir seu dinheiro neste smartphone.

Especificações

Design

Em termos de design, tal qual o modelo antecessor, o Redmi 2 Pro é bastante simples. A fabricante chinesa aposta em leves curvas na parte frontal, bem como nas laterais. Há poucos elementos decorativos, o que deixa o visual bem parecido com o que vemos em produtos concorrentes.

A tampa traseira plástica é removível e tem acabamento fosco. Na parte frontal, os botões capacitivos são vermelhos e acabam se destacando por conta disso. Infelizmente, eles não são retroiluminados, o que pode incomodar um pouco na hora de usar o celular no escuro.

O aparelho transmite uma sensação de resistência e seu manuseio é bastante agradável. Se não há muitas inovações neste quesito, por outro lado seu design cumpre bem o seu papel e a Xiaomi entrega um produto de boa qualidade e compatível com a sua proposta.

Tela

O display do Redmi 2 Pro é de 4,7 polegadas, o que o coloca muito bem frente aos principais modelos da mesma faixa de preço. O display conta com proteção AGC Dragontrail, sendo menos susceptível a riscos. A tela do aparelho da Xiaomi tem alto índice de brilho e as cores são nítidas.

O índice de reflexos é baixo, de forma que o aparelho oferece configurações bastante adequadas para a sua categoria. As cores estão dentro do esperado para uma tela do tipo IPS, mas não espere muito contraste. No geral, o visor é bem preparado para o dia a dia.

Aliás, esse é um dos modelos mais competitivos nessa faixa de hardware. Com resolução HD (1280x720 pixels), as 4,7 polegadas de tela do aparelho o colocam lado a lado em termos de tamanho com smartphones mais populares entre os brasileiros.

Desempenho

Conforme comentamos anteriormente, o hardware do Redmi 2 Pro é o grande diferencial que a Xiaomi preparou para os consumidores que necessitam de performance aprimorada em suas tarefas. O destaque neste sentido é a memória RAM, que teve a capacidade dobrada e promete melhorias significativas na execução dos principais apps e jogos.

Diferente do Redmi 2, o modelo Pro já tem mais estilo de intermediário, sendo que ele se destaca pelo bom desempenho nas tarefas cotidianas, como a transição entre apps e a execução de aplicativos simples.

Jogos que requeiram maior poder de processamento podem consumir um tempo a mais de loading, mas tudo dentro da normalidade. Em nossos testes, não ficamos na mão em praticamente nenhum momento, o que mostra que a combinação de software e hardware proposta pela empresa foi bastante acertada. Consideramos esse um ponto bastante positivo do aparelho.

Testes de benchmark

Para realizar esta análise, utilizados três aplicativos de benchmark distintos para avaliar o hardware do Redmi 2 Pro: o 3D Mark (Ice Storm Unlimited), o AnTuTu Benchmark 5 e o Vellamo Mobile Benchmark (HTML 5 e Metal).

3D Mark (Ice Storm Unlimited)

Bastante conceituado entre entusiastas, o 3D Mark oferece uma série de testes direcionados a avaliar diferentes aspectos de um dispositivo. Para o Xiaomi Redmi 2 Pro, usamos o Ice Storm Unlimited, que mede principalmente o desempenho em jogos eletrônicos. Quanto maior a pontuação exibida, melhor a performance.

AnTuTu Benchmark 5

Uma das opções mais completas da categoria, o AnTuTu realiza testes de interface, CPU, GPU e memória RAM. Pontuações maiores representam um smartphone com um desempenho melhor.

Vellamo Mobile Benchmark

O Vellamo oferece dois testes para os aparelhos: o HTML 5 (que testa a capacidade de navegação) e o Metal (que avalia o processador). Ao final das análises, uma nota é atribuída ao aparelho em cada um desses quesitos — quanto maior a pontuação, melhor o desempenho do produto analisado.

Interface

Assim como já vimos no Redmi 2, é na interface MIUI que estão as maiores diferenças da versão Pro em relação aos principais concorrentes. Praticamente é como se você tivesse um novo sistema operacional rodando sobre o Android 4.4.

A boa notícia é que as modificações da Xiaomi mantiveram o bom desempenho e ainda acrescentaram funções que, na maioria das vezes, ajudam o usuário. A transição entre diferentes áreas do sistema é suave e há muitos atalhos para acessar ferramentas.

É possível ainda aplicar temas com facilidade, já que há uma loja com uma infinidade de opções gratuitas. Dá pra perceber que a Xiaomi caprichou nos detalhes e na organização, e mesmo incluindo muita coisa a usabilidade não foi sacrificada.

Além disso, ao plugar o celular em um PC com Windows, por exemplo, o sistema automatica puxa um gerenciador de aplicativos. Esse software é o responsável por gerenciar suas fotos e vídeos. Sua usabilidade é simples e e organizada, tornando o processo de localizar conteúdo no smartphone rápido e objetivo.

Câmera

A câmera traseira do Redmi 2 é apenas razoável e a do Pro não é diferente. Para um celular intermediário, ela pode ser considerada dentro da média se comparada a de outros aparelhos, como o Moto E ou mesmo do Moto G de 2ª geração.

Mesmo nas fotos diurnas é perceptível uma leve granulação, mas nada que vá incomodar o usuário. Já nas fotos noturnas, a qualidade cai bastante, mas essa não é uma exclusividade do Redmi 2 Pro.

Na câmera frontal, há duas boas inovações. Na hora do selfie, o software identifica sua faixa etária e aplica filtros específicos, deixando a imagem menos artificial. Há também um timer no selfie, localizado logo abaixo da câmera: isso evita que você olhe para outros pontos na hora da foto.

Bateria

Os 2.200 mAh de bateria do Redmi 2 Pro são suficientes para um usuário comum passar o dia inteiro sem precisar recarregar o aparelho.  Por padrão o celular vem configurado em um modo equilibrado de energia.

Entretanto, se você quiser mais desempenho, é possível ativar o modo “maratona”, que faz com que não haja economia em nenhum item, como brilho de tela, por exemplo.

Áudio

O Redmi 2 Pro não vem com fones de ouvido, o que acreditamos ser um ponto negativo, já que ele custa mais que o antecessor e poderia ter um agrado adicional. Entretanto, o alto-falante do aparelho, localizado na parte traseira, é de boa qualidade, com sons claros e baixo índice de distorção.

Alguns ruídos podem aparecer vez ou outra, mas isso acontece apenas quando o usuário usa o celular com o volume no máximo. No geral, o componente sonoro apresenta áudio balanceado, mas com agudos mais reforçados. Certamente, você não terá problema algum nesse quesito.

Vale a pena?

A Xiaomi começou com boas credenciais no Brasil. O Redmi 2 chegou com um preço extremamente competitivo e com configurações atraentes para o consumidor, mas o Redmi 2 Pro vem para mostrar que a fabricante tem uma ótima carta na manga.

Em nossos testes, o aparelho não decepcionou e mostrou que tem um conjunto equilibrado e com boas inovações relacionadas ao software. A memória RAM adicional e o aumento na capacidade para armazenamento são pontos que realmente podem fazer a diferença.

Ainda continuamos impressionados com a interface MI UI, que praticamente oferece uma experiência tão diferente que dá para dizer que é um novo sistema operacional sobre o Android, com recursos próprios aplicados de forma a tornar a usabilidade mais agradável.

Sem dúvida, ao que parece, está surgindo mais um campeão de vendas entre os modelos Android com preços próximos de R$ 700. O aparelho custa R$ 649 para pagamento no boleto e tem o valor aumentado para R$ 729 quando o consumidor opta pelo parcelamento.

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