(Fonte da imagem: Divulgação/Microsoft)
Que o Windows Phone é um produto da Microsoft para combater o iPhone e o Android, tudo mundo sabe. Mas isso sempre foi “extraoficial”. Nunca ninguém da empresa havia admitido isso. Até agora.
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Joe Belfiore e Albert Shum, dois dos executivos responsáveis pelo desenvolvimento do software do Windows Phone, revelaram detalhes do surgimento do sistema operacional móvel da empresa. E eles admitiram que a Microsoft redesenhou completamente a plataforma do SO como uma resposta ao iPhone, da Apple, e da “mudança radical” que o produto criou na indústria.
Seus comentários foram divulgados em uma entrevista ao jornal americano New York Times. Segundo Belfiore, a Apple criou uma mudança radical na indústria, fazendo um produto exclusivo e altamente atraente para o consumidor. Era hora da Microsoft agir.
É matar ou morrer
Assim que o iPhone explodiu no mercado, a Microsoft notou que não conseguiria competir contra ele apenas com seu Windows Mobile. Ela queria responder com algo competitivo, mas não com o mesmo produto. Em dezembro de 2008, uma reunião ocorreu nas dependências da empresa para decidir o destino do envelhecido software. Em apenas sete horas, o produto estava morto. Eles decidiram acabar com o sistema operacional e recomeçar do zero.
O lado bom: isso deu à empresa a liberdade de experimentar coisas novas, construir uma nova equipe e definir um novo caminho. E essa nova trilha foi composta com a junção da abordagem controlada da Apple e a estratégia mais permissiva do Android.
Decisão tardia
A decisão de começar de novo custou caro. A criação do novo sistema operacional demorou dois longos anos (considerando o mercado), o que abriu uma enorme oportunidade para o iOS e o Android se estabelecerem (o que de fato aconteceu).
Hoje, quase metade do mercado é dominado pelo Android, e o iOS corresponde à 28% do total. O Windows Phone tem míseros 6,1% de participação. É irrisório, mas a plataforma teve boas críticas e a previsão de seu crescimento é bastante otimista. A esperança está depositada nos celulares da Nokia com Windows Phone.
Um dos frutos da parceria entre as duas empresas é o Nokia Lumia 900 (talvez chamado de Ace), que deve dar as caras na CES 2012. Rumores apontam que o aparelho deve receber um empurrão de 100 milhões de dólares da Microsoft, Nokia e AT&T em investimento de marketing para impulsionar suas vendas.
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