Se a versão imediatamente anterior de seu sistema operacional parece ter deixado um gosto amargo na boca dos consumidores – e contribuído para a teoria de softwares ruins e bons lançados alternadamente pela companhia –, a nova aposta da Microsoft no segmento é um sucesso praticamente sem precedentes. O Windows 10 arrebatou dezena de milhões de usuários poucos dias depois de seu lançamento, anotou 92% de aprovação do público e, agora, fecha seu primeiro mês de vida com mais de 5% de participação no mercado de PCs.
Os dados publicados pelo portal da Net Applications mostram que bastou quatro semanas para que o novo produto da empresa de Redmond saísse de uma fatia tímida de 0,39% em julho para 5,21% até o final de agosto. Não parece muito para você? Basta dizer que não houve outro OS que chegasse a essa marca tão rapidamente. O Windows 8, por exemplo, disponibilizado em 27 de outubro de 2012, levou cerca de sete meses para conquistar o mesmo espaço – ficando inclusive um bom tempo na casa do 1%.
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Com essa boa aceitação inicial, a Microsoft espera chegar ao patamar “humilde” de 1 bilhão de dispositivos rodando a edição mais recente de seu sistema em uma janela de dois a três anos – incluindo, além de PCs, smartphones, consoles e tablets. Boa parte do mérito desses números impressionantes se deve à estratégia bastante inteligente da companhia em oferecer um upgrade gratuito para clientes com computadores rodando Windows 7 e 8.1. Claro que, ao mesmo tempo, a tática fez com que essas versões perdessem espaço no último mês.
Comendo espaço dos irmãos
Enquanto a família Windows como um todo teve um crescimento de 0,18 pontos percentuais – chegando a 90,84% de todo o mercado – o Windows 8 caiu 0,21% e o 8.1 desceu 1,71%, ficando respectivamente com 2,56% e 11,39% de participação. O badalado Windows 7, que chegou a ficar confortavelmente no patamar de 60% de instalações ainda em junho, também sofreu um baque considerável com a chegada de seu irmão mais novo: anotou um declínio de 3,08%, reduzindo sua fatia para “apenas” 57,67%.
Ainda assim, as chances são de que a versão 7 ainda se mantenha na ponta pelo futuro próximo, pelo menos até que os consumidores fiquem realmente confortáveis e seguros em migrar para o Windows 10. Como o Vista e o XP estão fora da promoção de update, eles sofreram apenas um impacto inicial de alguns décimos percentuais para baixo. Não é como se o bastante rejeitado Vista (1,82%) tivesse possibilidade de se manter relevante, já que o caçula da marca supera seus números e os do Windows 8 somados.
A história com o XP (12,14%), porém, é um pouco diferente, uma vez que o SO ainda possui uma parcela fiel de usuários – como é o caso da Marinha norte-americana e de caixas de supermercados por todo o país. De qualquer maneira, o fim do suporte à plataforma deve fazer com que essa edição vá sendo deixada de lado aos poucos até chegar na casa de um dígito muito em breve.
Comendo pelas beiradas
Junto com o crescimento do Windows 10, o novo browser integrado ao sistema também deixou sua marca entre os internautas. O Edge chegou a 2% de participação no mercado até o fim do mês passado um número bastante considerável para um período tão curto. O fato de ele ser o navegador-padrão do novo SO da Microsoft com certeza ajudou o software engatinhar em direção a nomes como Chrome e Firefox, mas a reformulação do produto em relação ao antigo Internet Explorer deve ser a responsável por reter parte dos usuários.
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