Projeto de estudo do WhatsApp ganha 2º lugar em mestrado no Rio de Janeiro

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Imagem de: Projeto de estudo do WhatsApp ganha 2º lugar em mestrado no Rio de Janeiro

(Fonte da imagem: Reprodução/Lívia Assad de Moraes (arquivo pessoal))

A popularidade do WhatsApp é inquestionável e os números relacionados a esse comunicador instantâneo impressionam. Quando comprado pelo Facebook por US$ 19 bilhões em fevereiro, o app possuía 450 milhões de usuários ativos, 32 bilhões de mensagens recebidas por dia, 500 bilhões de fotos transmitidas e chegava a atingir 44% das pessoas que possuíam um smartphone.

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Outro dado interessante é que o programa se valorizou 237.500% em apenas três anos. Saiba mais clicando aquiVendo esse gigantesco e acelerado crescimento, a jornalista Lívia Assad de Moraes resolveu estudar o WhatsApp e os seus impactos na sociedade.

Com o projeto "Identidades móveis: sociabilidade e mediações tecnológicas na era da comunicação instantânea", a pesquisadora ingressou no mestrado em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e conquistou o segundo lugar do curso.

É válido mencionar que a jovem ainda utilizou dois softwares para mobiles em seu estudo, o Facebook Messenger e o Skype. "A popularização muito rápida desses aplicativos gerou uma necessidade de estudar o que eles modificam na vida dos usuários. Parto do pressuposto de que servem para mudar as formas de sociabilidade, convívio, trocas de experiência e de comunicação” explicou Lívia Assad ao site G1.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)

“São softwares que se diferem de formas tradicionais, até mesmo do MSN, que usávamos no computador, do SMS, das ligações, porque essas novas mídias têm a velocidade como diferença. As pessoas estão conectadas o tempo inteiro independente de sua localização física", comentou a jornalista. A mestranda ainda complementou informando que pesquisas indicam que 72% dos adeptos do  WhatsApp acessam o app com assiduidade, pelo menos uma vez ao dia.

Em seu estudo, a mestranda investiga a forma extremamente veloz que essas tecnologias alteram os hábitos dos seus usuários, além do fato de elas colaborarem para derrubar barreiras e limitações geográficas. Para ela, os mensageiros instantâneos possibilitam que as pessoas estejam presentes em dois lugares ao mesmo tempo. "Observo a relação desses usuários com o espaço físico e o que é estar presente. As pessoas podem estar em um lugar conectadas a outra realidade [simultaneamente]", explicitou Lívia Assad.

"Você passa a ter um contato, às vezes, mais frequente com alguém. Pode falar com a pessoa todos os dias e vê-la raramente. Mas o que vou investigar é se a profundidade é a mesma do contato face a face", disse ela.

A velocidade com que esses softwares se desenvolvem e evoluem não afeta apenas a vida de seus adeptos, mas também o próprio projeto de estudo. “A gente está falando de coisas que se modificam o tempo inteiro. O quadro está muito complexo desde que comecei. É um avanço muito rápido que a academia precisa estar atenta, porque isso com certeza traz interferências no modo de se relacionar”, finalizou a estudante da UFF.

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Fontes

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