Tim Berners-Lee alerta: web pode ser controlada por governos e corporações

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É preciso ficar atento: a internet não pode ser "controlada". (Fonte da imagem: Reprodução/Blogs.ne10)

Durante evento realizado nessa terça-feira (25) no Reino Unido, Tim Berners-Lee, o criador da World Wide Web, considerado também um dos "pais da internet", foi questionado sobre as recentes alegações feitas por outro figurão da web: Edward Snowden. Recentemente, Snowden afirmou que os governos e corporações estão “se aproveitando dos cidadãos, monitorando-os via internet”.

Em resposta ao tal comentário, Tim Berners-Lee disse que “o projeto original da web, concebido há 24 anos, era de um espaço universal e que não havia [na época] a ideia de um computador particular, um navegador ou uma linguagem em mente”. Nessas duas últimas décadas, como bem se sabe, a web ganhou proporções nunca imaginadas pelos seus criadores (veja aqui um infográfico acerca do assunto).

Sobre isso, Berners-Lee faz o seguinte complemento: “Quando você faz algo universal... Isso pode ser usado para coisas boas e para coisas desagradáveis... Só precisamos nos assegurar de não deixarmos que empresas e corporações usem [a internet] para obter o controle total”.

Por uma internet melhor

Tim Berners-Lee, além de ser conhecido como um dos principais colaboradores da criação da grande rede online, é considerado também um intelectual e ativista. Em janeiro, inclusive, um pedido de sua autoria foi feito ao governo. A reivindicação? Disponibilizar informações online sobre temas relacionados à saúde e à segurança que podem beneficiar as pessoas.

Tim Berners-Lee defende a publicação de conteúdo relacionado à saúde e à segurança. (Fonte da imagem: Reprodução/WikimediaCommons)

Em dezembro do ano passado, outra postura foi adotada pelo intelectual; ele se posicionou contra as mudanças em um documento datado de 1988 (o International Telecommunication Regulations) que, se alterado, pode transferir o “poder da internet a corpos independentes” – toda disponibilização de conteúdo online seria, assim, regulada por terceiros.

Fontes

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