Para muitos a história da “guerra dos navegadores” era até o presente momento, totalmente desconhecida, todavia, isso mudará! Pois agora você (que acha que o Internet Explorer foi o primeiro navegador do mercado) poderá saber como ocorreu a evolução dos navegadores atuais!
O nascimento de um gigante: o FireFox
No final do ano de 1994, Marc Andreensen criou um navegador chamado “Netscape Navigator” a partir de outro navegador existente previamente, o Mosaic. O Netscape Navigator desde o seu início era capaz de operar corretamente e com a mesma aparência em diversos sistemas operacionais, fato que o fez deter cerca de 90% do mercado. No entanto, com o advento do Internet Explorer, o Netscape Navigator passou a perder mercado, até que por fim, foi derrotado pelo Internet Explorer.
Sem desistir de voltar ao topo, a Netscape Communications Corp deu origem ao projeto Mozilla em 1998. Tal projeto possuía código aberto, ou seja, qualquer pessoa poderia pegar o navegador base e alterá-lo como bem entendesse, fato esse que gerou várias alternativas diferentes de navegadores, o que inclui o Firebird, navegador que daria origem ao FireFox.
Em 1999, a America Online (AOL) adquiriu a Netscape e, por ironia do destino, lançou, em junho de 2007, a nona versão do Nescape Navigator, porém desta vez era o ele quem se baseava no FireFox e não o contrário! Por fim, a AOL anunciou em 2008, a última atualização do Netscape.
Finalmente, no final de 2004 o FireFox foi lançado, e sem demora ele começou a devorar o mercado que antes era dominado pelo Internet Explorer, isso devido ao fato de o navegador ter dado estreia à revolucionária navegação por abas, ao sistema de bloqueio de pop-ups e à barra de pesquisa ao lado da barra de endereços.
A atualização do FireFox para o FireFox 2 não trouxe muitas mudanças, entretanto, o lançamento do FireFox 3, em junho de 2008, só serviu para aumentar ainda mais a sua popularidade. Isso porque o lançamento trouxe novidades como o sistema de proteção contra sites potencialmente maliciosos, um modo diferente de se usar/organizar os Favoritos e ainda, a barra de navegação inteligente.
O império do Internet Explorer
Em agosto de 1995, o prodigioso Internet Explorer foi lançado. A princípio ele vinha integrado a uma versão “Plus Pack” (versão com mais recursos) do Windows 95 e ocupava um espaço risível no disco rígido (1 MB). No início, como era de se esperar, a primeira versão do Internet Explorer permitia somente a navegação através de sites da internet, mas aos poucos foram sendo adicionados novos recursos e enfim, ele foi capaz de tomar a posição de líder do mercado, antes do Netscape.
Junto com o Windows XP, em agosto de 2001, a Microsoft lançou o IE 6. O que marcou essa versão do navegador, e o fez ganhar um pouco mais de mercado, foi a sua simplicidade. Entretanto, mesmo com a adição de um bloqueador de pop-ups, no Service Pack 2 para o XP, o IE 6 estava muito atrás da concorrência, pois ele ainda não possuía navegação por abas e buscadores ao lado da barra de endereços (itens já presentes em grande parte dos navegadores rivais).
Depois de perder muito mercado para os navegadores rivais, a Microsoft resolveu lançar, em outubro de 2006, a sétima versão do IE. Diferente da versão anterior, o IE 7 foi capaz de fazer frente à concorrência dessa vez, isso porque ele passou a contar com melhorias como suporte integrado a feeds de RSS, melhorias na segurança (filtro antipishing capaz de identificar e-mails fraudulentos) e, finalmente, a tão esperada navegação por abas!
Em 2008, o FireFox lançou a sua terceira versão, e junto a outros navegadores, fez o IE perder cerca de 7% de mercado (de acordo com a Net Applications). Levando isso em consideração, a Microsoft lançou recentemente o Internet Explorer 8, versão que conta com itens como: uma navegação por abas mais organizada, um sistema de buscas bastante prático, um acelerador de páginas e o WebSlices (a grande novidade do navegador).
A estreia do Safari nesta briga de feras
No ano de 2003 a Apple resolveu entrar na briga lançando o Safari, e para sair logo com alguma fatia do mercado, fez com que o navegador viesse integrado ao Mac OS da época, o Panther.
Quando o FireFox foi lançado, em 2004, a Apple decidiu que era chegada a hora de atualizar o Safari. Pois, caso contrário, ela perderia muito mercado, uma vez que o FireFox era inovador e apresentava funções únicas até o momento.
Então, após algumas atualizações, o Safari recebeu a esperada navegação por abas e, em junho de 2007, lançou uma versão compatível com o Windows para ganhar mais força na guerra instaurada entre os navegadores pela hegemonia no mercado.
Enfim chegamos ao presente: a Apple lançou a versão beta do Safari 4, a qual está se mostrando mais veloz que o FireFox e o Internet Explorer 8 (em testes de carregamento de JavaScript) e promete fazer com que a participação da empresa no mercado, atualmente de 8%, cresça de forma acelerada.
A inovação e a “portabilidade” do Opera
Diferentemente das dos seus concorrentes, a origem do Opera foi bastante peculiar. Isso porque a dele foi devida a um projeto de pesquisas feito por uma operadora de telefonia norueguesa chamada Telenor.
Outro fato muito interessante e provavelmente desconhecido para alguns usuários é o seguinte: foi o Opera que deu origem à nossa querida, e tão útil, navegação por abas! Além disso, o Opera também foi um dos primeiros navegadores de nova geração a ganhar uma versão para celulares (o Opera Mini), fato que o fez conquistar muito espaço em diversas plataformas de celulares, tanto que em novembro de 2008 chegou à sua versão 4.2 (mesmo tendo sua versão inicial lançada em 2006).
Em junho de 2008 foi anunciada a versão 9.5 do Opera, a qual foi dita como a “mais rápida do mercado” e deu origem a funções como o Opera Link. Tal função é responsável por sincronizar de forma mais rápida, do que os seus concorrentes (naquela época), o conteúdo de um site com o link nos seus “Favoritos”. Ou seja, quando você clicar no link o seu navegador irá para a versão mais atualizada daquela página, e não a versão antiga, a qual foi armazenada no cache do navegador.
Com o lançamento de novos navegadores pelas empresas concorrentes, o Opera foi obrigado a dar novidades de um de seus projetos em andamento: o Opera 10. Atualmente, esse navegador continua na versão alfa de testes (a qual geralmente contém muitos erros de programação).
No entanto, o Opera 10 já mostra que será páreo duro para os seus concorrentes, pois mesmo em sua versão mais primordial de testes ele já se apresenta totalmente funcional com a internet. Além disso, ele promete ser o navegador com um dos melhores desempenhos (senão o melhor) do mercado e ainda, promete usar muito pouco dos recursos de um computador.
Chrome, a aposta de uma das empresas que mais cresce no mundo
O navegador do Google chegou ao mercado recentemente (setembro de 2008), apesar disso, conseguiu assustar os gigantes que dominam atualmente o mercado.
Para o Google, o uso de aplicativos online é o futuro (e um tanto do presente) da internet e foi com base nessa ideia que a empresa resolveu criar o Google Chrome. Ou seja, eles criaram um navegador no qual a prioridade é a compatibilidade com tais aplicativos (um desafio para os navegadores atuais). Além disso, o Chrome promete uma navegação mais rápida, mais segura e compatível com quaisquer sistemas operacionais.
Um fato engraçado é que o Google lançou uma história em quadrinhos para explicar qual a finalidade do Chrome. É engraçado porque em alguns momentos a empresa “alfineta” os seus rivais ao citar alguns “pontos fracos”. Sabe ler em inglês e quer conferir a história? Acesse http://www.google.com/googlebooks/chrome/ e se divirta!
Mas porque os navegadores evoluíram tanto?
Com a evolução da tecnologia, os computadores começaram a ficar mais baratos, fazendo com que mais pessoas os comprassem, fato que por sua vez fez com que a internet se tornasse popular. Aos poucos ela foi crescendo em conteúdo até que chegou ao ponto de ser possível achar basicamente qualquer coisa nela.
Passado certo tempo, já era possível acessar a internet através de um notebook ou até mesmo de celulares. No entanto, a qualidade das conexões móveis era muito ruim, assim como os navegadores disponíveis para celular. Pensando nisso, as empresas desenvolvedoras de navegadores perceberam que seria uma boa ideia investir nesse ramo, a “portabilidade”.
Portabilidade
Após tantos avanços na área tecnológica, agora somos capazes de acessar o vasto conteúdo da internet a partir de quase qualquer lugar, e olhe que isso não é exagero. Veja o exemplo: existe um modelo de geladeira capaz de acessar a internet! Como ela faz isso? Através de um navegador e uma rede wireless.
Além disso, o próprio sistema operacional e o processador usados em seu computador estão se tornando irrelevantes, pois com o avanço dos navegadores podemos até mesmo jogar jogos bons em flash, como “Quake Live” e “Battlefield Heroes”, sem exigir tanto do computador e sem precisar instalar quase nada se compararmos com jogos normais, como World of Warcraft por exemplo.
Falando nisso, outra tendência que podemos notar é a migração de muitos programas (além de jogos) para a internet. Ou seja, é o início da “computação em nuvem”, na qual você precisa somente ter conexão e navegador decentes para usufruir de muitas coisas que antes requeriam computadores de última geração.
Em suma, no futuro será possível acessar a internet de basicamente qualquer lugar ou objeto e não mais será necessário se ter um computador moderníssimo para jogar jogos de última geração, ou outras coisas que exijam um PC monstro. Mas sim, somente uma internet boa, processador e um monitor, pois o resto será quase irrelevante (leia o artigo “Tendência: Jogos de alta qualidade via navegador” para ter um bom exemplo sobre isso).
Se você quiser entender melhor o que nos aguarda no futuro e qual o papel que os navegadores terão nessa evolução, provavelmente se interessará nos seguintes artigos:
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