Após 7 anos de briga judicial, a Nintendo conseguiu virar o jogo e teve o tribunal federal de Dallas decidindo a seu favor. A conhecida fabricante de console japonesa disputou pela originalidade da tecnologia dos controles do Nintendo Wii e Wii U contra a empresa iLife Technologies.
Em 2017, a iLife Technologies ganhou na justiça e a Nintendo foi obrigada a pagar US$ 10,1 milhões pelo plágio da tecnologia do acelerômetro presente no controle de Wii. No caso da iLife, o sensor era utilizado para a prevenção de acidentes domésticos, permitindo a detecção de quedas ou sintomas da síndrome de morte súbita em crianças.
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Apesar do diferente propósito no uso do acelerômetro, a iLife alegou ter posse da patente — essa registrada em 1999. O que mudou a opinião da juíza Barbara Glynn foi a descrição abstrata do projeto da iLife. “Apenas guardando, transmitindo, devolvendo e escrevendo dados em um computador não a torna elegível para criação de uma patente.”, descreve a juíza.
Segundo Barbara, a criação da iLife deveria trazer uma implementação inédita da funcionalidade dos sensores e processadores para ser patenteável. Para a juíza, a ideia da iLife não apresentou nenhum conceito criativo ou inédito dos sensores citados.
Assim que o caso foi arquivado, o site da iLife Technologies saiu do ar e o fundador Michael Lehrman se tornou CEO da Sleep Methods Inc., uma empresa focada no tratamento de distúrbios do sono. A multa de US$ 10,1 determinada em 2017 foi revogada.
O encerramento deste processo finalmente encerra a última das 6 alegações de plágio da iLife Technologies contra a Nintendo. Em 2016, as outras 5 patentes disputadas foram classificadas como inválidas pelo Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos.
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