Os cigarros eletrônicos podem não ser uma companhia segura para o seu dia a dia — e não estamos falando sobre possíveis prejuízos à saúde causados pelo dispositivo. Segundo o especialista em segurança Ross Bevington, estes equipamentos podem ser porta de entrada para vírus em seu computador.
Basicamente, os gadgets podem ser facilmente modificados a fim de serem usados por hackers para a distribuição de malwares ou mesmo na invasão a um PC. No caso de um e-cigarro modificado, bastaria conectar o dispositivo ao computador para recarregá-lo para que ele ficasse exposto.
Cigarros eletrônicos podem servir de porta de entrada para hackers invadirem o seu computador, alerta especialista
Isso seria possível porque o cigarro hackeado engana o computador e é interpretado pela máquina como um teclado. Dessa maneira, ele é capaz de interagir com a máquina, podendo infectar o sistema e comprometer a segurança e a privacidade do usuário. Segundo Bevington, alguns tipos de ataque funcionariam mesmo se a máquina-alvo estiver bloqueada.
Perigo na prática
O site Sky News, que conversou com Bevington, exibiu ainda um vídeo enviado à publicação por outro especialista em segurança identificado apenas como Fouroctets. Nas imagens, é possível ver um cigarro eletrônico interagindo com o sistema após ser conectado a um notebook.
De acordo com Fouroctets, ele modificou o dispositivo adicionando a ele um novo chip. Com isso, o aparelho era interpretado pelo sistema operacional como um teclado ou mouse. Neste caso, o efeito do cigarro eletrônico foi apenas a abertura de um bloco de notas com a frase “Você bafora mesmo, mano!!!” na tela, mas um script mal intencionado poderia causar danos bem mais graves.
Um vetor perigoso
Apesar de um vírus normalmente ser bem maior do que o espaço de armazenamento disponível em um aparelho como um cigarro eletrônico, ainda é preciso ficar alerta. Isso porque os scripts utilizados por hackers em um e-cigarro poderiam, por exemplo, baixar arquivos da internet ao entrarem em contato com um PC.
“O malware WannaCry, por exemplo, tinha entre 4 e 5 MB, centenas de vezes maior do que o espaço em um cigarro eletrônico”, comenta o Befington. “Assim, usar algo como um e-cigarro para baixar algo maior da internet seria possível”, alerta o especialista.
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