Se depender da Sony, atitudes como essa morrerão em breve. (Fonte da imagem: iStock)
A Sony imagina um mundo no qual os joysticks serão substituídos pelo corpo do jogador. Mas não ao estilo do Kinect, utilizando apenas os movimentos, mas usando também o posicionamento dos olhos e até mesmo suas ondas cerebrais. É isso o que indica uma série de patentes recentes registradas pela empresa para seus futuros consoles de video game.
É claro, o registro de uma patente não necessariamente significa que todos aqueles conceitos terão utilização prática um dia. O cadastro de uma tecnologia pode servir apenas para proteger a pesquisa realizada pela empresa. Ainda assim, o fato de estudos estarem sendo realizados nesse sentido indicam que a Sony tem a intenção de, pelo menos, trabalhar com tais inovações.
Movimentos do corpo e dos olhos
Em uma das patentes, o movimento do corpo é visto apenas como método secundário de controle. Utilizando uma câmera e um sistema de rastreio, o console seria capaz de detectar a direção na qual o jogador está olhando, realizando ações diferentes no mundo do game.
A ideia aqui seria, por exemplo, trazer mais realismo a títulos nos quais o jogador usa os poderes da mente. A posição dos olhos, unida aos movimentos das mãos, criariam um efeito muito parecido ao uso da Força na saga Star Wars, permitindo que o usuário empurre objetos de forma telecinética.
(Fonte da imagem: Reprodução/Patently Apple)
Para fazer isso funcionar, a Sony pretende utilizar câmeras na parte superior da TV e iluminação infravermelha para analisar o olhar do jogador. Mais de um dispositivo do tipo pode ser necessário dependendo da complexidade dos movimentos exigidos pelo game. Uma alternativa seria ainda a presença de um joystick em uma das mãos, equipado com giroscópios e acelerômetros para maior precisão na detecção.
A Sony dá alguns exemplos de utilização em seu registro de patentes. Um título poderia usar a combinação de movimentos para lançar um feitiço no inimigo observado, enquanto outro utilizaria o olhar como mira com o joystick servindo como uma pistola na qual o gatilho é acionado.
A tecnologia ainda poderia acabar sendo utilizada não só nos games, mas também em televisores inteligentes ou computadores. A Sony cogita ainda a utilização de óculos com sensores embutidos, mas pondera que a necessidade de tal acessório tornaria tudo mais difícil e poderia afastar os usuários.
Poderes mentais “de verdade”
“Uma força mental capaz de empurrar, puxar, posicionar ou mover objetos selecionados na tela.” É assim que a Sony descreve uma tecnologia que utiliza as ondas cerebrais ou até mesmo as emoções dos jogadores para controlar o ambiente virtual. Esse tipo de iniciativa já está disponível no mercado atual, mas, como o próprio Tecmundo percebeu, ainda está longe de funcionar perfeitamente.
De forma parecida com um eletroencefalograma, eletrodos seriam posicionados na cabeça do jogador e criariam um gráfico, processado em tempo real pelo console e convertido em ações no video game. Esse aparato também seria capaz de registrar as expressões faciais do usuário e, segundo a Sony, fazer com que o personagem virtual exiba emoções semelhantes. Imagine isso aplicado em um MMO, por exemplo?
A ideia da empresa é que essa patente seja utilizada em conjunto com outras, como os sensores de movimento ou voz. Mais do que isso, todo esse sistema em conjunto seria capaz de aprender os padrões de uso do jogador, tornando a detecção cada vez mais precisa e exigindo menos processamento quanto mais for usada.
Seria o fim do joystick?
Direcionais com os dias contados? (Fonte da imagem: iStock)
A pergunta do subtítulo acima já foi feita diversas vezes nos últimos anos. Com a chegada dos controles sensíveis a movimento, a morte dos controles tradicionais foi anunciada prematuramente, mas eles ainda estão aí, firmes, fortes e fornecendo o que, para alguns, ainda é a experiência perfeita no que toca a jogabilidade.
Patentes como as registradas pela Sony, porém, prometem mais uma vez substituir os joysticks comuns. A resposta para essa atitude, porém, é dada pelos consumidores do entretenimento eletrônico. E aí, você está pronto para abandonar seu adorado controle em prol de uma imersão maior nos seus títulos preferidos?
Fonte: Patently Apple
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