O eSport é um assunto do momento, e A BRMA é um dos eventos que consagram o cenário de esportes virtuais do país, junto com o CBLoL e muitos outros campeonatos. Cada vez mais, as competições se destacam no cenário nacional e internacional, garantindo prêmios que atingem valores exorbitantes.
Nós sabemos muito sobre as partidas, os jogadores e os times desse novo modo de diversão. Contudo, você sabe como é a rotina de um gamer profissional? Durante a edição da BRMA de São Paulo, tivemos a chance de conversar com o Franklin, também conhecido como Aoshi, o top laner da CNB.
Durante o bate-papo, perguntamos como é a rotina dele na gaming house da equipe e quais são as atividades de um competidor. Você pode conferir abaixo o que ele nos disse sobre a sua carreira.
Baixaki Jogos: Como é o dia a dia de um jogador profissional?
Aoshi: É um trabalho comum, mas um pouco diferente dos convencionais. Eu vivo na gaming house da equipe e tenho uma rotina organizada: tenho um horário para acordar, outro para ir à academia, um período de almoço e uma jornada de oito horas de serviço, através das streams. Além disso, jogamos em nossas contas individuais também.
Baixaki Jogos: Você esperava ganhar dinheiro com jogos algum dia?
Aoshi: Eu não estava buscando isso, foi de repente. Eu havia trancado a faculdade, e estava com problemas pessoais e acabei me concentrando mais no jogo. Dessa forma, subi no ranking do game e fui chamado pela CNB para fazer um teste.
Baixaki Jogos: Você recebe por campeonato? Tem salário? Ou são bônus de vitórias? Como funciona a remuneração de um jogador profissional?
Aoshi: Nós temos um salário fixo pela CNB, ganhamos por campeonato e temos apoio da Riot, a desenvolvedora do League of Legends. Além disso, cada jogador pode buscar por um patrocinador individual.
Baixaki Jogos: Quais são as suas atividades lá? Quantas horas você treina por dia?
Aoshi: Nós treinamos de segunda à sexta ou de segunda à sábado, pois depende se há algum campeonato próximo. Nós almoçamos e jantamos lá na gaming house, mas a academia é fora de lá, paga pela própria CNB.
Baixaki Jogos: Você teve algum obstáculo com a família? Implicações, preconceitos?
Aoshi: Eu não tive. Na verdade, quando eu entrei para a CNB, a minha mãe ficou até mais feliz do que eu. Contudo, sei que muitas pessoas sofrem com isso. Isso é falta de conhecimento geral e aconteceria com qualquer ramo novo que surgisse no mundo. Acho que essas críticas são algo normal e que desaparecerão com o passar do tempo. A partir do momento que as pessoas reconhecerem os eSports como um campo profissional que garante renda, isso vai sumir.
Baixaki Jogos: que dicas você daria para alguém que quer entrar nesse ramo?
Aoshi: Acho que é a dica é a mesma para qualquer coisa que você queira fazer na vida: dedicação. Se você colocar na cabeça que quer algo para a sua vida, deve seguir em frente e não se importar com as críticas alheias.
Quer se tornar um jogador da CNB? Agora é mais fácil
Caso você não tenha lido, há alguns dias a CNB lançou um novo programa chamado “Preparando Campeões”. Essa novidade da equipe pretende selecionar dezenas de jogadores para os times de base da organização. Dessa forma, é mais fácil adentrar o mundo do eSport, eliminando a necessidade de dispor de um ranking alto no League of Legends.
Via Baixaki Jogos
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