Os smartphones estão dominando o mundo. Os jogos mobile, que antes eram meros passatempos, hoje recebem investimento, têm um altíssimo orçamento e entregam experiências que têm capacidade de ser tão profundas quanto um jogo “grande”, isto é, um produto de console ou PC. A indústria desses “joguinhos” deve bater os US$ 45 bilhões em 2018 e pode deixar o mercado de jogos para consoles comer poeira.
O gasto com games em todas as plataformas pode alcançar, neste ano, US$ 88 bilhões, de acordo com uma pesquisa levantada pela inteligência da Digi-Capital. A companhia também prevê que esse número cresça em 8% anualmente e ultrapasse, em 2018, os US$ 110 bilhões. Mas isso, convém ressaltar, contempla todas as plataformas. Desse montante, cerca de US$ 45 bilhões podem ser destinados a jogos para celulares e tablets.
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Ou seja, é exatamente isso que você imagina: o setor mobile vai superar qualquer outro em toda essa grana. Na verdade, a previsão dos especialistas é que os lucros nesse mercado superem os ganhos de consoles já este ano. Isso, ressaltando novamente, considerando as vendas de softwares, e não de hardwares (como PS4 e Xbox One). A conta também não inclui jogos para PC ou títulos free-to-play (como League of Legends e afins).
Mercado gigantesco em pleno crescimento
“Onde os jogos móveis pegam US$ 3 de cada US$ 10 dólares gastos por jogadores em softwares em 2015, esse cenário vai para US$ 4 de cada US$ 10 em 2018. Os lucros desses jogos vai subir de US$ 29 milhões em 2015 para US$ 45 bilhões em 2018, num crescimento de 15% ao ano. A Ásia dominou os lucros de jogos móveis em 2013 se comparada a Europa e América do Norte, e a Digi-Capital prevê que os asiáticos dominem 50% de todos os lucros desses games em 2018”, ponderou Tim Merel, fundador e diretor da Digi-Capital.
Na visão de Merel, esses jogos são muito “estáveis” e vão continuar a fabricar montanhas de dinheiros nos próximos anos. Portanto, nomes como Candy Crush Saga, Clash of Clans e Game of War certamente continuarão no topo dos rankings, seja no Android ou no iOS. “Isso é ótimo para criadores de jogos e suas shareholders. Mas também representa um desafio para a criatividade e o mercado indie”, opinou o executivo.
Stewart Rogers, analista da VB Insight, deu um contraste a esse cenário. Na visão do especialista, veremos uma enorme queda nas tecnologias de automatização do marketing de games mobile. “As soluções que games como Plants vs. Zombies, Rivals at War e Subway Surfers utilizam para se manterem no topo estão ficando disponíveis a todos, e isso vai continuar à medida que o mercado cresce”, explicou.
Mercados emergentes como Índia e, no topo dessa lista, o nosso Brasilzão, estão aderindo rapidamente aos smartphones e a tudo que eles oferecem – e os games estão ali. Um crescimento astronômico!
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