Com a chegada dos equipamentos com capacidade para reproduzir vídeo em alta definição, foi necessário que um novo tipo de mídia óptica fosse inventado, pois quanto maior a definição de um vídeo, mais espaço ele consumirá, demandando discos com maior capacidade. Surgiram assim, as mídias ópticas de grande capacidade e, com elas, uma confusão de nomenclaturas para a qual os usuários não estavam preparados. Para resolver de uma vez por todas as suas dúvidas sobre os tipos diferentes de mídia existentes no mercado, reunimos em um só lugar a definição de todos para você consultar sempre que tiver dúvida.
O bom e velho CD
A sigla “CD” foi adotada devido ao fato de, na época do seu lançamento, existirem os discos de vinil, que eram grandes e desengonçados. O nome “Compact Disc” foi criado como uma comparação ao vinil, pois logicamente o CD é extremamente compacto em relação ao seu antecessor. Sem muita demora, surgiram os primeiros CD-R (CD Recordable), que não suportavam mais de uma gravação. Ou seja, assim que você esgotasse a capacidade de armazenamento, seu CD gravável não poderia ser apagado ou receber mais dados.
CD-R (CD Recordable): CD gravável. Hoje com capacidade para 700 MB ou 80 minutos de áudio sem compactação. Não permite que nenhum dado seja apagado do CD. Após adicionados, os dados que lá estão são permanentes. Se não for utilizada toda a capacidade na primeira gravação, pode-se gravar outras sessões, até que o CD esteja completamente cheio.
CD-RW (CD Rewritable): CD regravável. Também tem a capacidade de 700 MB. Essa mídia permite que você grave, apague os dados e grave novamente. Sua vida útil é de aproximadamente mil ciclos (1 ciclo = gravar uma vez + apagar uma vez).
Mini-cd: apesar de pouco popular, é uma boa opção para quem não gosta de carregar os CDs de tamanho normal. Além do tamanho reduzido (8cm de diâmetro, contra os 12cm do CD normal), sua capacidade também é bem menor: 180 MB, ou 23:30 minutos. Os tocadores e gravadores de CD que possuem a “gaveta” são perfeitamente capazes de reproduzir e gravar mini-cds.
As novas mídias
A tecnologia foi se desenvolvendo e trazendo novos tipos de mídia. O DVD, que de início era sigla para Digital Video Disc, mas que é chamado por alguns de Digital Versatile Disc, foi lançado a princípio para armazenamento de vídeo, mas assim como o CD, ele foi logo adaptado para ser utilizado para armazenar qualquer tipo de dado. Assim como os CDs, existem os DVDs graváveis e os regraváveis. Porém, os DVDs têm uma particularidade que não existia no CD: existem padrões e capacidades diferentes.
DVD-R: com capacidade de 4.7 GB, é o formato mais usado no Brasil. Muitas vezes as pessoas podem se referir a esse tipo de mídia como DVD5, devido ao fato de a sua capacidade estar próxima dos 5 GB. Também existem DVD-Rs com capacidade de 8.5 GB (também chamados de DVD9). Isso é possível porque são usadas duas camadas diferentes no mesmo lado do disco, praticamente dobrando a capacidade de armazenamento.
Também existem os DVDs com capacidade de gravação nos dois lados do disco, mas esse tipo é difícil de ser encontrado, pois não se popularizou no Brasil. Sua capacidade é de até aproximadamente 15 GB.
DVD-RW: esse tipo de DVD tem a mesma capacidade do DVD-R, com a possibilidade de apagar os dados e reutilizar o disco, assim como o CD-RW.
DVD+R e DVD+RW: esses dois tipos são praticamente idênticos ao DVD-R e o DVD-RW, respectivamente. A diferença básica entre eles é o desempenho na hora de queimá-los, devido ao modo com que os dois tipos realizam a gravação. As mídias com o sinal de menos (-) são gravadas do centro para fora, em uma única linha, formando uma espiral. Já os discos com um sinal de adição (+) são gravados em vários círculos concêntricos. Isso dá uma maior rapidez aos DVD+R e DVD+RW tanto na leitura quanto na gravação. Porém, essa diferença é quase imperceptível.
As mídias com sinal “+” costumam ser um pouco mais caras, mas a diferença é irrisória. Quanto à compatibilidade, no início não era possível executar e gravar discos se o sinal fosse diferente ao suportado pela gravadora. Hoje, a maioria das leitoras e gravadoras já suporta os dois tipos, então você não precisa se preocupar se na loja só tem um dos dois.
Saíram do forno agora
Blu-ray: com o surgimento dos equipamentos com capacidade para execução de vídeos e filmes em alta definição, era necessário desenvolver uma mídia de grande capacidade, para possibilitar assim, o armazenamento de imagens em alta definição, que ocupam muito mais espaço. Com a Sony à frente do projeto, foi criado então o Blu-ray, que possui esse nome justamente porque a cor do laser que faz sua leitura e gravação é azul. A capacidade do Blu-ray é de incríveis 25 GB nas mídias com uma só camada. Nos discos com duas camadas, o tamanho dobra, chegando aos 50 GB.
HD-DVD: similar ao Blu-ray, porém com capacidade menor, o HD-DVD recentemente perdeu a batalha pela hegemonia das mídias de grande capacidade. A empresa Toshiba comandava o desenvolvimento dessa mídia, juntamente com outras gigantes como Microsoft. Porém, há pouco tempo a Toshiba anunciou o abandono do projeto, dando ao Blu-ray e à Sony o título de única mídia de alta capacidade disponível no mercado.
Esses são os tipos de mídia amplamente disponíveis hoje no mercado (exceto pelo HD-DVD). Muitos outros formatos já passaram pelas nossas casas, como o cassete e o MD, mas nem todos foram tão populares quanto os discos ópticos são hoje.
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