Jay and Silent Bob: Chronic Blunt Punch é a estreia gamer de Kevin Smith

Kevin Smith é uma verdadeira figuraça no mundo do entretenimento e da cultura pop. Nerd de carteirinha, o norte-americano provou que é possível aproveitar muito bem a vida sendo geek, já que criou filmes indie, liderou alguns grandes projetos do cinema, quase dirigiu um reboot do Superman e foi roteirista de HQs de sucesso. Disposto a gerar conteúdo para ainda mais plataformas, sua missão, agora, é pegar sua dupla favorita de personagens, Jay e Silent Bob, e mergulhar de cabeça no universo dos games.

Assim, Smith anunciou na última terça-feira (23) seu mais novo projeto, chamado Jay and Silent Bob: Chronic Blunt Punch. A ideia é que o jogo seja um beat 'em up com visão lateral – no badalado estilo 2,5D – focado nas aventuras insanas dos astros de “O Império (do Besteirol) Contra-Ataca” e personagens recorrentes de filmes como “O Balconista”, “Barrados no Shopping” e “Dogma”. A história coloca os dois anti-heróis no encalço de seus antigos clientes, que, aparentemente, sumiram do mapa e foram parar em um shopping nada convencional.

Galeria 1

Gigantesco e controlado pelas autoridades locais, o centro de compras possui cenários que vão das tradicionais lojas de marca até um conjunto de apartamentos (o quê?!) e salas de hospital (novamente, o quê?!). Na produção, os jogadores vão poder usar socos, pontapés, combos e golpes especiais com ambos os personagens para detonar seguranças, hipsters e outras figuras que costumam habitar os shoppings – tudo isso para resgatar seus antigos compradores de... bem... maconha!

Além do sistema tradicional de combate, que mistura elementos de ataque de Marvel vs Capcom com táticas cooperativas baseadas em Donkey Kong Country, o título trará uma mecânica avançada de batalhas verbais. Sim, vai ser possível levar alguns oponentes e chefões na conversa – evitando a pancadaria e até trazendo eles para o seu lado – ou, se preferir, insultá-los o bastante para que eles fiquem completamente desmoralizados, dependendo da sua habilidade em escolher as ofensas e os xingamentos corretos.

Conteúdo e presentinhos

Com um conteúdo, digamos, bem mais adulto que o convencional, Smith não pôde se aventurar no mundo gamer pelas vias mais comuns. Assim, Jay and Silent Bob: Chronic Blunt Punch foi colocado nas mãos da desenvolvedora independente Interabang Entertainment – criadora de Super Comboman – e publicado no portal Fig como um projeto de financiamento coletivo. A expectativa é que a campanha arrecade US$ 400 mil (R$ 1,58 milhão) em contribuições até o próximo dia 31 de março para viabilizar a produção.

Se tudo der certo, a agenda de produção colocará o primeiro trimestre de 2018 como o período de lançamento inicial do jogo, trazendo a campanha principal, um multiplayer cooperativo local e versões para Windows e Mac OS – comercializadas tanto no Steam quanto no Humble Bundle. Claro que, para incentivar o público, o diretor e a sua turma criaram dezenas de recompensas para os possíveis apoiadores, além de elaborarem objetivos adicionais que podem interessar a galera.

Além de nome nos créditos, artbooks, estatuetas dos personagens, camisetas da dupla e até cuecas autografadas (sim!), um dos níveis de contribuição rende a participação em um filme futuro de Smith. O preço da brincadeira? Uma bagatela: apenas US$ 10 mil (cerca de R$ 39,5 mil). Os stretch goals mais interessantes, por sua vez, dizem respeito ao sempre agradável co-op online e a possibilidade de haver ports do título para PlayStation 4 e Xbox One – para alegria de quem prefere a jogatina nos consoles.

Jay and Silent Bob: Chronic Blunt Punch já conseguiu convencer quase 600 internautas de que o projeto vale a pena, fazendo com que eles colocassem a mão no bolso para contribuir com pouco mais de US$ 60 mil (R$ 237 mil). Com um início razoavelmente forte de campanha, se apoiando em personagens queridos pelos fãs e tendo um grande nome da indústria cinematográfica por trás da produção, não será uma surpresa se o montante pedido for obtido antes mesmo que os 36 dias para a finalização da empreitada acabem. E aí, vai contribuir?

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