Imagem do projeto de Leonardo da Vinci. (Fonte da imagem: Reprodução/Dvintstalia)
É muito provável que você já tenha sonhado ou apenas imaginado que estava voando. Acontece que muita gente já teve essa mesma ideia, sendo que alguns estudiosos tentaram colocá-la em prática com aparelhos movidos pela força do homem — e o primeiro registro do gênero é do grande Leonardo da Vinci.
Com o passar do tempo, essa “obsessão” continuou e muitos engenheiros e pesquisadores criaram veículos bizarros que os fizessem voar. O raciocínio mais lógico foi a construção de máquinas que tinham asas que imitavam às dos animais. Ou seja, a pessoa corria (ou pedalava) para frente e tentava bater as asas de alguma maneira.
Contudo, os seres humanos não conseguem exercer a força necessária para deslocar o equipamento de forma que um voo real aconteça. Como explicou Antonio Filippone, engenheiro aeronáutico da Universidade de Manchester, uma pessoa consegue permanecer por apenas alguns segundos no ar usando este método.
Indo em direção ao céu
(Fonte da imagem: Reprodução/PopSci)
Da década de 1960 até a de 1990, os pesquisadores tentaram usar asas fixas, como as que são construídas em aviões. No entanto, este tipo de veículo precisava de muita força para decolar e ele era realmente difícil de ser controlado — principalmente pelo fato de que só é possível atingir altitudes elevadas com asas enormes.
Se a reprodução do sistema de um avião não deu certo, por que não tentar o de um helicóptero? E é isso que Neal Saiki está projetando, sendo que a sua primeira tentativa foi em 1989. Agora, o seu equipamento sofreu diversas modificações e é chamado de Upturn.
O uso da novidade é simples: você pedala, duas hélices giram e movimentam o ar para baixo. Com isso, você acaba decolando verticalmente por conta deste deslocamento — da mesma maneira que um helicóptero faz.
E isso realmente deu certo?
Upturn visto de cima. (Fonte da imagem: Reprodução/PopSci)
A vantagem deste método é que ele faz com que a pressão do ar que está abaixo do veículo seja maior da que está acima — dessa maneira, fica mais fácil de levantar voo. Contudo, essa qualidade faz com que o veículo seja difícil de ser controlado, ficando sujeito a turbulências.
Por conta disso, o Upturn ainda está em fases de testes, mas o objetivo é que ele consiga alcançar a altitude mínima de 3 metros e voe por 10 metros. Essas metas foram impostas pela American Helicopter Society, em função do prêmio Sikorsky. Quem realmente alcançar esses números com um veículo de voo movido a força humana vai levar US$ 250 mil (cerca de R$ 500 mil) para casa.
Contudo, Saiki não está sozinho nesta competição. Há pelo menos dois grupos com chances de vitória: um da Universidade de Maryland e o outro liderado por Todd Reichert, que também é um veterano na invenção de aparelhos como o Upturn.
Fonte: Popular Science
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