Essa quarta-feira dia 9 foi bastante agitada para o Uber, o serviço de transporte que vem dando dor de cabeça para taxistas, políticos e usuários, sempre no meio de muita polêmica envolvendo a legalização de seu funcionamento.
Com protestos de motoristas de táxi no centro de São Paulo, uma quantidade enorme de propostas que impediriam a atuação do serviço em uma série de cidades brasileiras e debates na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro sobre o tema, o dia foi cheio para os representantes do aplicativo de transporte privado. Confira tudo que rolou hoje envolvendo o Uber no Brasil.
Protesto no centro de São Paulo
Com uma discussão sobre o Uber marcada para as 15h dessa quarta-feira na Câmara dos Vereadores de São Paulo, taxistas bloquearam o entorno do edifício no Viaduto Jacareí com táxis brancos de São Paulo e até de outras capitais estaduais brasileiras. Na discussão estava a votação do projeto de lei criado pelo vereador Adilson Amadeu, do PTB, que poderia proibir o uso de todos os aplicativos remunerados de transporte de pessoas.
Taxistas e representantes do Uber debateram e trocaram vaias enquanto deputados criticaram o serviço prestado pelo aplicativo.
Bloqueios foram registrados na Avenida Moreira Guimarães, na Rua da Consolação, na Marginal Tietê, na Praça Charles Miller e na Rua Alvinópolis, mas a CET não indicou um aumento anormal na lentidão do trânsito na cidade.
Discussão no Rio de Janeiro
Em uma audiência feita pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na manhã de hoje, taxistas e representantes do Uber debateram e trocaram vaias enquanto deputados criticaram o serviço prestado pelo aplicativo e o acusaram de ser ilegal e irregular. Daniel Mangabeira, diretor de políticas públicas do Uber, afirmou que essa nova plataforma gerou um novo mercado e está envolvida na mudança da cultura do transporte e disse que leis federais garantem a existência do Uber dentro da lei.
Outras 13 capitais já apresentaram projetos de lei em suas câmaras municipais para barrar o serviço desse aplicativo.
Além do Uber, outros aplicativos, como o Resolve Aí, que funciona com um sistema de caronas pagas, também foram criticados pelos deputados e pelos taxistas que se sentem lesados pelos serviços sem regulamentação. A preocupação da categoria e de deputados contrários ao Uber é que o prefeito Eduardo Paes não aprove a lei que deve proibir os aplicativos de transportes pagos, visto que o encontro entre prefeitos que vai acontecer na Cidade das Artes é patrocinado pelo Uber.
Tentativas de se proteger no resto do país
E não é apenas no Rio e em São Paulo que o tempo fechou para o Uber: outras 13 capitais já apresentaram projetos de lei em suas câmaras municipais para barrar o serviço tanto desse aplicativo quanto de outras plataformas que oferecem transporte pago para os usuários. Apesar de estar presente em apenas quatro capitais estaduais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília), outras cidades já tentam se proteger contra essa plataforma e defender os direitos reclamados por seus taxistas.
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