Nesta quarta-feira (11), o prefeito Fernando Haddad, do PT, assinou um decreto que legaliza o funcionamento do Uber em São Paulo, além de explicar como as coisas vão funcionar para empresas que oferecem serviços que conectam motoristas e passageiros. Vale lembrar que, na última terça-feira (10), ele também comentou que gostaria de fazer com que o Bilhete Único se transformasse em um dos métodos de pagamento pelas corridas feitas com o auxílio do aplicativo.
Com a regulamentação, as empresas vão precisar de créditos para rodar pela cidade de São Paulo. A princípio, foi informado que o preço médio será de R$ 0,10 por cada quilômetro rodado, valor que pode se alterar de acordo com algumas variáveis (como o horário da corrida ou mesmo o destino do passageiro).
Segundo o prefeito, tal medida vem para somar, uma vez que há demanda para adicionar mais carros de transporte individual na cidade. Além disso, essa seria uma forma de oferecer segurança tanto a taxistas quanto a motoristas do Uber, bem como limitar o número de carros nas ruas – a ideia é que as empresas adquiram créditos para o que equivaleria a aproximadamente 5 mil carros nas ruas por ano.
Também houve a menção de que está nos planos fazer avaliações a cada três meses para determinar se há a possibilidade de permitir que mais carros circulem pela cidade de São Paulo.
Para o prefeito Fernando Haddad, São Paulo possui espaço para abrigar veículos de empresas como o Uber
Felizes, mas nem tanto
Visando acalmar os taxistas, Haddad também anunciou que os táxis podem usar os corredores exclusivos de ônibus (que ficam à esquerda nas avenidas da cidade) mesmo em horários de pico, desde que estejam com passageiro. Na ausência de um cliente, os carros são livres para circular nas faixas exclusivas, localizadas à direita das vias.
Entretanto, isso não foi o bastante, uma vez que taxistas, na última terça-feira (10), fizeram mais um protesto e fecharam o acesso de carros à rua Líbero Badaró, que fica ao lado da sede da prefeitura da cidade. Também houve manifestação nesta quarta (11), pois, para eles, essa é uma forma de destruir uma categoria, especialmente aqueles que desembolsaram valores mais altos para comprar um carro preto e obter uma licença (necessária para os que são considerados os táxis mais luxuosos da cidade).
Mesmo na esfera política, há alguns que não concordam com a decisão de Haddad. É o caso do vereador Adilson Amadeu (do PTB), que informou que pretende entrar com um projeto de decreto legislativo (PDL) para derrubar o decreto do prefeito — porém, isso só será feito se ele conseguir o apoio de 37 dos 55 vereadores.
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