Um dos problemas do segmento de acessórios voltados a jogadores é o preço: o uso de componentes de alta qualidade faz com que a maioria dos produtos do tipo não seja necessariamente acessível. E é em meio a esse cenário que entra a Trust, fabricante que tenta combinar experiências diferenciadas a valores mais baixos.
O GTX 166 MMO Gaming Laser Mouse, como seu nome já deixa claro, é um dispositivo voltado a jogadores de RPGs online. Apresentando 12 botões laterais, o periférico pretende dispensar o uso do teclado na hora de ativar habilidades e atalhos, algo que, na prática, se reflete em uma experiência mais fluida.
Tivemos a oportunidade de passar uma semana usando o produto e, nesta análise, apresentamos tudo o que você precisa saber sobre ele. Confira nossa opinião e, após a leitura, não se esqueça de registrar suas impressões e dúvidas sobre o mouse em nossa seção de comentários.
Especificações técnicas
- 18 botões reprogramáveis
- Memória onboard com suporte a 5 perfis
- Pesos ajustáveis
- Iluminação em LED personalizável
- DPI ajustável de até 16.400 DPI
- Acompanha software para a configuração de macros e comandos personalizados
- Preço sugerido: R$ 249
Design
Apresentando uma mistura de preto, cinza e vermelho, o GXT 166 apresenta um corpo largo, o que permite repousar a mão tranquilamente sobre ele. O produto possui um encaixe confortável que assegura o acesso rápido a todos os seus 18 botões reprogramáveis e, em especial, ao painel lateral formado por 12 opções de entrada configuráveis.
Apesar de relativamente atraente, o acessório é construído em materiais que parecem baratos e não passam muita segurança durante seu manuseio — o que indica o uso de componentes de baixa qualidade no acabamento. No entanto, os botões empregados pela Trust parecem resistentes e, durante nossos testes, não apresentaram qualquer defeito em seu funcionamento mesmo quando submetidos a condições de uso intensas.
O GXT apresenta um sistema de pesos ajustáveis, o que permite modificar a sensação tátil que ele oferece. No entanto, o produto peca por concentrar essa característica à sua área central, o que cria uma sensação de que as diferentes partes do produto se aceleram de maneira desigual.
Para completar, o mouse apresenta um sistema de retroiluminação que adota LEDs que ficam “pulsando” de maneira automática. A intensidade, cor e frequência da iluminação podem ser ajustadas através do software presente no disco de instalação do acessório, que também está disponível para download através do site oficial da fabricante.
Software e instalação
Embora o GXT 166 funcione sem qualquer limitação a partir do momento em que o Windows detecta e baixe os drivers correspondentes, é somente após você instalar o software proprietário da Trust que o dispositivo revela todo seu potencial. Através do programa de controle do produto, você pode ajustar até 5 perfis de uso personalizados e moldar o funcionamento do acessório às suas exigências pessoais.
Além de ajustar diferentes níveis de sensibilidade para o produto, é possível trocar a cor do sistema de retroiluminação e programar comandos macro. Também há a opção de atribuir funções específicas a cada um dos botões do dispositivo, que não precisam estar necessariamente relacionadas a um game — é possível usar o painel lateral para criar atalhos para um programa de edição de imagens, por exemplo.
O que incomoda no programa é o fato de que, embora intuitivo, ele não é exatamente atraente ao olhar. Além disso, a impossibilidade de atribuir perfis a um jogo ou aplicativo específico força você a ter que lembrar por conta própria o que cada um dos perfis configurados faz, algo que exige certa dose de treino para funcionar corretamente.
Desempenho
Em matéria de desempenho, não há muito a criticar no GXT 166. Após certo tempo de uso, acessar as teclas laterais do aparelho se provou um processo natural, e o sistema tátil desenvolvido pela fabricante ajuda a separar os diferentes conjuntos de botões disponíveis.
O único problema que notamos é o fato de que o sistema de pesos ajustáveis não funciona muito bem na prática. Como é somente uma área do mouse que é afetada por essa opção, é difícil não ficar com a sensação de que estamos lidando com um produto com características desiguais, o que provoca certo estranhamento.
Em geral, mesmo se tratando de um produto feito com componentes com qualidade mais baixa do que aquela vista em concorrentes como a Corsair, Logitech ou Razer, o GXT 166 se mostrou uma alternativa tão viável quanto seus competidores diretos. No entanto, é difícil não ficar com a impressão de que, se usado em excesso, o dispositivo não resiste muito tempo sem que um defeito possa acontecer.
Vale a pena?
Devemos ser sinceros: a grande vantagem do GXT 166 em relação a concorrentes como o Razer Naga, o Logitech 600 e o Corsair Vengeance M95 é seu preço. Embora o valor sugerido pela fabricante seja de R$ 249, uma procura pela internet revela a possibilidade de adquirir o produto por preços reduzidos, o que se prova uma boa alternativa para quem não quer gastar muito para aprimorar seus momentos de jogatina.
Vale notar, no entanto, que isso significa lidar com um produto que, embora eficiente, não possui alguns dos benefícios trazidos por outras opções do mercado. O mouse claramente é construído em materiais de baixa qualidade, e seu sistema de peso se mostra pouco eficiente por criar disparidades entre as diferentes áreas do produto — algo que se prova um incômodo desnecessário.
Em resumo, o GXT 166 é um produto de entrada que deve ser considerado principalmente por sua relação entre custo e benefício. No entanto, quem procura pelo melhor item da categoria e não tem o preço como um fator de preocupação provavelmente vai se satisfazer mais plenamente com alguns dos concorrentes citados durante esta análise.
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