Desenvolvido pelo Grupo de Interfaces Futuras da Universidade Carnegie Mellon, a tecnologia conhecida como Electrick promete revolucionar a maneira como interagimos com objetos. A novidade, que surge na forma de um spray, garante trazer funções de toque a qualquer superfície feita de um material condutivo ou que tenha um acabamento com tais propriedades.
A novidade é baseada no princípio da tomografia de campos elétricos e pode ser usada até mesmo em superfícies irregulares. Em essência, a superfície escolhida é rodeada por eletrodos (de 8 a 16), sendo que um par de eletrodos adjacentes injeta uma pequena corrente elétrica nela — nesse momento, a voltagem nos outros pares é medida.
Para que o processo funcione, o ciclo é repetido com a emissão de voltagem por outros eletrodos do sistema. Ao colocar um dedo sobre o lugar, ele reduz a voltagem em um local — ao medir essa quantidade entre diferentes ciclos, a localização 2D do dedo é determinada, o que faz com que a superfície ganhe as propriedades de toque.
Segundo os criadores, o Electrick suporta múltiplos toques simultâneos, embora não seja tão robusto quanto os displays vistos em aparelhos modernos. A versatilidade da invenção é demonstrada em um vídeo, no qual a tecnologia é aplicada em uma guitarra e em objetos impressos em 3D.
O uso da tecnologia não está limitado a objetos pequenos, podendo ser aplicada em mesas ou até mesmo em paredes. Em uma demonstração ela é usada para controlar um dispositivo de iluminação, enquanto em outra ela é utilizada para acessar as funções de um computador a partir de comandos realizados em uma área específica.
Embora o Electrick seja baseado em conceitos aparentemente simples, ainda deve demorar um ano antes que ele esteja pronto para comercialização. Até lá, a equipe responsável vai melhorar aspectos como o desempenho e o filtro de ruídos da solução ao mesmo tempo em que se foca em concentrar todos os circuitos em único chip, além de desenvolver mais o software que serve como base para a novidade.
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