Durante uma reunião do Conselho do grupo Telecom Italia, ocorrido na última terça-feira (4), investidores minoritários sugeriram que a subsidiária brasileira TIM Participações fizesse uma fusão com a operadora Oi. Segundo o grupo Asati, que representa 6 mil acionistas (que, somados, têm 1% de participação), um acordo do tipo poderia resultar em um aumento de capital “modesto”.
A Asati afirma que, caso a fusão não ocorra, uma possível oferta de compra da TIM não deve aceitar nenhuma oferta que avalie a companhia abaixo de 8,5 vezes seu lucro principal. Fontes informaram à Reuters na última sexta-feira (31) que a Vivo, a Oi e a Claro haviam fechado um acordo para adquirir a operadora por aproximadamente R$ 32 bilhões.
Em agosto deste ano, a Oi contrato o banco BTG Pactual para atuar como seu representar e orquestrar planos para uma possível compra da participação da Telecom Italia na TIM. Na próxima quinta-feira (6), o Conselho da Telecom Italia deve se reunir novamente para aprovar seus resultados trimestrais.
TIM nega propostas
Durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre fiscal de 2014, durante o qual a TIM Brasil registrou um balanço consistente, a empresa negou as especulações do mercado. Segundo Rodrigo Abreu, presidente da operadora, não há qualquer proposta de venda feita pela Claro, Oi e Vivo. “Há muitos rumores, mas nós estamos olhando o futuro. Esse é um cenário que admite qualquer possibilidade. A TIM é uma das empresas mais bem posicionadas do cenário do país”, afirmou.
Segundo Abreu, os ambientes setorial e de negócios estão “bastante difíceis” em função da economia e a da redução prevista para o PIB. No entanto, isso não impede que a empresa continue entregando bons resultados e tenha conseguido um lucro líquido de 11%. Para o executivo, o foco da companhia é entregar resultados operacionais — o que inclui aumento na qualidade do serviço ao consumir — aliados aos financeiros, que compreendem o retorno aos acionistas.
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