O grupo francês Vivendi anunciou nesta quinta-feira que abriu negociações exclusivas com a Telefónica para a venda da filial brasileira GVT, por considerar que a oferta do grupo espanhol, 7,45 bilhões de euros, é "particularmente atraente". No caso de sucesso nas negociações, a Vivendi obterá um benefício de 3 bilhões de euros, completa o grupo, que recebeu outra oferta da operadora Telecom Italia, de 7 bilhões de euros.
"Levando em consideração a estratégia do grupo e o interesse de seus acionistas, o conselho de vigilância decidiu abrir negociações exclusivas com a Telefónica", afirma o grupo francês em um comunicado. A Telefónica aumentou a oferta pela GVT, o último ativo da Vivendi no setor de telecomunicações, e agora pretende pagar 7,45 bilhões euros (contra 6,7 bilhões da oferta inicial apresentada no início de agosto). Tanto a espanhola como a italiana desejam assumir 100% do capital da GVT, uma empresa jovem de rápido desenvolvimento.
O mercado brasileiro é muito importante para a Telefónica, que controla a principal operadora de telefonia móvel do país, Vivo. Em sua oferta, a Telefónica propõe o pagamento em dinheiro de 4,66 bilhões de euros, contra 3,9 bilhões da oferta inicial. A Telecom Italia apresentou uma proposta de pagamento em dinheiro de € 1,7 bilhão. De acordo com a oferta da Telefónica, a Vivendi teria 12% do capital do grupo nascido da fusão da GVT com a filial brasileira da Telefónica.
Se a Vivendi desejar, um terço da participação poderia ser trocado por títulos da Telecom Italia, da qual a empresa espanhola é grande acionista. A oferta da Telefónica também propõe uma associação de conteúdos, em uma tentativa de seduzir a Vivendi que agora está concentrada nos meios de comunicação e que busca mercados no exterior para seus programas. A Vivendi considera que, além do benefício, a oferta da Telefónica "limita ao máximo os riscos na execução da operação e permite às partes desenvolver projetos comuns no âmbito dos conteúdos e meios de comunicação".
Paris, França
Via Em Resumo
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