(Fonte da imagem: Reprodução/FIFA)
Ao contrário do que havia sido prometido, nem todos os estádios que vão sediar partidas da Copa do Mundo de 2014 vão conseguir oferecer um sistema de telecomunicações adequado à demanda dos torcedores. O principal foco de preocupação para as operadoras de telefonia são as arenas de São Paulo e Curitiba devido a atrasos em obras e à falta de acordos comerciais para a instalação dos equipamentos necessários.
Em entrevista à Reuters, o diretor-executivo da Sinditelebrasil (sindicato das operadoras de telefonia móvel), Eduardo Levy, afirmou que há risco de haver congestionamento nas comunicações devido à alta demanda de dados em torno de alguns estádios. Segundo ele, a Arena da Baixada (em Curitiba) e a Arena Corinthians (em São Paulo) “são as que nos preocupam mais. Ainda não tivemos condições técnicas e comerciais [adequadas]”.
Celso Birraque, diretor de rede de acesso da Claro, afirma que não é somente o retardo nas obras que atrapalha as negociações dos contratos entre operadoras e consórcios que administram as duas arenas. Segundo ele, a falta de um acordo sobre o preço da instalação dos equipamentos necessários também está emperrando progressos nesse sentido, embora ele descarte totalmente a chance de haver um “apagão” de telecomunicações durante o evento. "As negociações com Curitiba e São Paulo estão difíceis", afirmou.
Problemas com preços
Levy afirma que as concessionárias dos dois estádios estão cobrando valores de aluguel até cinco vezes maiores do que os acordados para os demais palcos do Mundial. Em contrapartida, o Sport Club Corinthians Paulista (responsável pela Arena Corinthians) afirma que o que está ocorrendo é o contrário: são as operadoras que estão querendo pagar cinco vezes a menos do que o que foi acordado em outros locais.
Já os representantes do Atlético Paranaense, responsáveis pela Arena da Baixada, não foram encontrados pela Reuters para comentar sobre o assunto. A previsão é que o uso de comunicações por voz dentro dos estádios aumente em 8 vezes durante as partidas da competição, enquanto os usos de dados devem subir em 18 vezes na comparação com a média registrada atualmente.
Fontes
Categorias