A OpenSignal acaba de divulgar uma nova versão de seu estudo a respeito do estado atual das redes de internet móvel do Brasil, o primeiro depois de toda a correria das operadoras e do Governo para garantir que tudo estaria funcionando depois da Olimpíada. De acordo com a consultoria, os 3 meses depois do evento esportivo mostraram sinais de melhora no 4G tupiniquim, mas alguns problemas permanecem.
Embora as velocidades do 4G estejam aumentando no Brasil, a OpenSignal ressalta que o acesso ao sinal LTE ainda é limitado. Nesse sentido, as operadoras continuam investindo, e isso resultou em muitas mudanças nos rankings de rapidez da transferência de dados pelas redes móveis e de disponibilidade do sinal. Para a análise, a organização coletou 770 milhões de medidas fornecidas por 39.471 usuários de smartphones entre 1º de setembro e 30 de novembro.
Velocidade, disponibilidade e resposta
A Claro foi campeã inconstestável em velocidade de 4G, mas TIM se destacou em oferta e Oi, em latência
No que diz respeito à velocidade de download, a Claro se sagrou campeã inquestionável, ficando em primeiro lugar na análise do 4G (com média de 27,45 Mbps), 3G (3,91 Mbps) e geral (10,14 Mbps). Especificamente nas redes LTE, a Vivo ficou com a segundo (com 21,29 Mbps), a Oi em terceiro (14,61 Mbps) e a TIM em quarto (12,05 Mbps). A ordem é a mesma para o ranking geral de velocidade. A situação mudou um pouco no 3G, com a TIM ficando em segundo, a Vivo em terceiro, a Oi em quarto e a Nextel aparecendo em quinto – a empresa não oferece 4G no país inteiro.
Outro quesito importante medido pela OpenSignal foi a disponibilidade do sinal de 4G, e aqui a TIM tomou a liderança, oferecendo conexão LTE 59,21% do tempo a seus usuários. A Vivo apareceu em segundo lugar (com 56,76%), a Claro em terceiro (49,45%) e a Oi em quarto (43,35%). Ainda assim, a consultoria considera que nenhuma das operadoras no Brasil consegue oferecer consistência em sua conectividade nesse tipo de rede.
Por fim, o estudo também analisou a latência das redes, o que basicamente serve para medir o quão rápida é sua resposta. Dessa forma, quanto menor a latência, mais rapidamente páginas na internet começam a ser carregadas e menor é o atraso nos aplicativos de comunicação em tempo real. Nesse critério, a Oi teve o melhor resultado no 4G, com média de 52,8 milissegundos e a Vivo ficou com o pior, 62,69 ms. No 3G, no entanto, a Oi fica em último lugar (com 153,86 ms) e a Nextel assume a liderança, com 87,84 ms.
Paradoxo brasileiro
Ao comparar os resultados mais recentes do Brasil com o de outros países, a OpenSignal ressalta tanto pontos muito bons quanto aspectos ainda bastante ruins. Com uma média de 19,7 Mbps, a velocidade geral das redes 4G por aqui está mais de 2 Mbps acima do valor mediano mundial. Já no que diz respeito à disponibilidade do sinal LTE, ainda ficamos perto das últimas posições na lista global e na das nações sul-americanas.
O 4G do Brasil tem alguns pontos muito bons e aspectos bastante negativos
Seja como for, as expectativas parecem boas para quem acredita que a situação está melhorando. Tanto a Claro, cujos avanços já são visíveis no estudo atual, quanto Vivo e TIM estão fazendo testes com redes 4G em duas frequências e, ao mesmo tempo, experimentam novas tecnologias de LTE-Advanced. Até mesmo a Nextel está expandindo sua cobertura 4G, que antes era limitada ao estado do Rio de Janeiro. Resta agora torcer para que as operadoras continuem investindo.
Fontes
Categorias