A evolução das telas em celulares [infográfico]

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Olhe para o seu celular agora mesmo. São bem grandes as chances de o design dele ser ocupado, em sua maior parte, pela tela sensível ao toque. Atualmente, os smartphones são criados com esse tipo de tecnologia, permitindo que os consumidores tenham acesso a muitas possibilidades em seus aparelhos — já que a tela pode ser o teclado, os controles para games e ainda exibir diversos conteúdos.

Mas isso nem sempre foi assim. No passado, os telefones móveis já foram exatamente o que o nome diz: telefones móveis. E, nesse tempo, as telas eram limitadas à demonstração de informações básicas, como os números que estavam sendo chamados ou mesmo o tempo que durava cada ligação. Você já parou para pensar nessa evolução pela qual passou a tecnologia das telas de portáteis?

Pois nós trouxemos um pouco mais sobre a história dessa evolução. Está curioso para saber como as telas se transformaram ao longo dos últimos 30 anos? Então confira agora mesmo o artigo que preparamos. É válido lembrar que a nossa história começa no final da década de 1980, quando os primeiros celulares com telas chegaram ao mercado internacional.

São apenas telefones

Depois de anos em que os celulares pareciam gigantescos telefones sem fio, eles finalmente ganharam o que podemos chamar de uma “tela primitiva”. Foi no final da década de 1980, quando aparelhos como o Samsung SH100 e o Motorola MicroTAC chegaram ao mercado que vimos uma pequena diferenciação nos dois segmentos. Isso porque os celulares mostravam os números que estavam sendo discados.

O mesmo acontecia no início da década seguinte, quando as telas de aparelhos como o Motorola International 3200 ofereciam apenas informações básicas para os consumidores. Isso incluía números que estavam sendo discados e, em alguns casos, pequenas luzes indicando o estado dos dispositivos. Tudo isso acontecia apenas com indicadores de LED, sem muitas informações complexas.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Em 1994, as fabricantes começaram a utilizar matrizes de LCD para a composição dos painéis. Assim surgiram as telas com informações gráficas — ainda em sistema inicial, mas já sem a limitação alfanumérica. Os indicadores de mensagens, status de bateria e outras informações começaram a se popularizar.

Dois anos depois surgiam as primeiras telas com suporte a imagens monocromáticas. É claro que isso não significa a demonstração de fotos ou nada parecido, mas sim de pequenos mapas e outras composições com pixels independentes. Já em 1998, a Nokia lançou o 5110, que exibia um dos pontos altos dessa etapa da tecnologia de displays: uma tela com suporte para cinco linhas de informações e o famoso jogo “Snake”.

Anos 2000: a década colorida

De 1998 até o início dos anos 2000, houve pouca alteração no cenário de displays utilizados pelas fabricantes de celulares. Foi em 2002 que a Nokia voltou a inovar e colocou o 3510i no mercado, sendo ele o primeiro aparelho com tela colorida a ser lançado comercialmente. Ele é um dos únicos telefones móveis da história a contar com a tecnologia CSTN — um tipo de LCD presente nos primeiros celulares de baixo custo com funções coloridas (ícones, papéis de parede), além de possuir matriz passiva e garantir menor consumo de energia.

(Fonte da imagem: Reprodução/MobileArena)

Naquele mesmo ano, a Nokia trouxe o aparelho 7650, também com tela colorida, mas com tecnologia TFT — que utiliza matriz ativa no LCD, permitindo mais velocidade e qualidade nas imagens mostradas pelos aparelhos. Com matriz ativa, painéis TFT possuem transistores independentes para cada pixel exibido. É a tecnologia mais popular de telas, sendo utilizada até hoje em displays LCD.

É preciso destacar também a Motorola, que teve um dos principais celulares nessa geração de telas. Estamos falando do Razr V3, lançado em 2004. O aparelho é um grande marco, pois mostrou para todo o mercado que seria necessário investir em qualidade de telas e painéis TFT mais eficientes se as fabricantes quisessem realmente integrar as câmeras digitais aos aparelhos portáteis.

Do primeiro iPhone à atualidade

Telas sensíveis ao toque e celulares inteligentes não foram inventados pela Apple — a verdade é que ambos já estavam sendo utilizadas há muito tempo, mas ainda sem grande sucesso comercial. Mas foi com o iPhone que nós conhecemos o que realmente iria revolucionar todo o mercado dos smartphones: telas capacitivas e aparelhos fulltouch.

(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

O primeiro iPhone anunciado em 2007 não tinha uma pequena tela para mostrar o que era controlado nos outros botões. Ele trazia uma tela que mostrava todas as funções e também servia como um controlador para o aparelho — o que hoje é algo natural, mas já foi considerado loucura pelos executivos de algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo.

Outras fabricantes seguiram esses passos e lançaram diversos aparelhos no mercado internacional. Foi nesse mesmo ano que a Google anunciou que o Android seria gratuito, o que contribuiu para o aquecimento do segmento. O primeiro aparelho com o sistema operacional foi o HTC Dream G1, que só chegou em 2008. Ele também contava com tela capacitiva, mas ainda oferecia um teclado QWERTY físico integrado.

AMOLED x IPS: começa a guerra entre Samsung e Apple

Na metade do ano de 2009, a Samsung colocou o SCH-W850 no mercado. Ele foi o primeiro aparelho da empresa sul-coreana a oferecer telas AMOLED para os consumidores. Esses painéis AMOLED combinam matrizes ativas do TFT com elementos orgânicos. Isso resulta em muito mais qualidade nas cores e também nos contrastes, uma vez que podem desativar pixels isolados.

Um ano depois, a Samsung evolui a tecnologia e apresenta o Super-AMOLED, com cores muito mais vivas e contraste ainda mais eficiente do que a geração anterior. Com uma diferença na fabricação — os eletrodos responsáveis pela interpretação dos comandos são depositados diretamente na tela, não em painéis secundários —, o Super AMOLED garantia mais visibilidade para ambientes externos, pois amplia as possibilidades de contraste.

(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

Também em 2010, a Apple voltou a inovar no mercado de displays, apresentando a tecnologia IPS — também chamado de Super-TFT. Garantindo maior ângulo de visão e cores mais vivas para as imagens, a tecnologia IPS chegou ao mercado junto com as telas Retina da Apple. Foi assim que teve início a era das super-resoluções, ultrapassando as possibilidades oferecidas por televisores de alta definição.

Hoje, muitas fabricantes investem em aparelhos com telas Full HD. A densidade de pixels aumenta a cada ano, garantindo que os celulares tenham alta definição e grandes possibilidades para todos os consumidores. Mas será que as fabricantes vão parar por aí ou ainda há muito o que ser produzido para os smartphones?

Como será o futuro?

O LG G Flex acabou de ser anunciado com tela curvilínea. Em matéria de funcionalidades, ainda não há grandes modificações em relação aos outros aparelhos do mercado, mas esse é um passo importante. Será que as telas flexíveis estão muito longe da realidade? Já faz anos que elas estão sendo pesquisadas e não seria difícil adaptá-las ao mercado de smartphones.

(Fonte da imagem: Divulgação/LG)

Pensando em um futuro mais próximo, ainda em 2014 devem surgir diversos smartphones com telas 2K (com resoluções de 2560x1440 pixels). Para quem acha que isso é pouco, pensar em 4K não é sonhar alto demais — mas para isso ainda será preciso esperar mais dois ou três anos. A verdade é que a tecnologia não para de avançar e as telas evoluem nesse mesmo ritmo.

Por essa razão, quando pensamos em displays, não podemos esquecer que os cientistas e engenheiros estão sempre trabalhando pesado para desenvolver novidades ainda mais incríveis do que as que temos atualmente. Holografia será possível algum dia? E telas táteis? Só nos resta esperar pelas novidades.

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Gostou de saber um pouco mais sobre a tecnologia empregada nas telas de smartphones? Como você viu, elas mudaram muito nos últimos 30 anos e ainda há muito o que mudar. Será que algum dia chegaremos ao limite da tecnologia?

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