(Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)Qual é a menor câmera que você tem em casa? Certamente, não é tão pequena como este dispositivo. O pesquisador Patrick Gill, da empresa Rambus, desenvolveu um chip de vidro de 2 milímetros de diâmetro que funciona como uma câmera, capturando imagens com um pequeno sensor através de luz e algoritmos. A tecnologia inovadora tem potencial para transformar o aspecto volumoso e pesado das lentes em algo minúsculo.
A olho nu, o chip parece apenas um simples pedaço fino de vidro extremamente pequeno, mas ele possui gravado dentro de si um padrão em formato de espiral que permite que luz atravesse. Quando a luz reflete fora do objeto que está sendo “fotografado”, os sensores a captam, passando pelo padrão até chegar ao sensor de imagem. Ainda nessa parte do processo, a “imagem” é apenas luz esférica, mas um software pode traduzir essa luz na réplica de um verdadeiro objeto.
Como você pode ver abaixo, Gill usou a Mona Lisa e uma foto de John Lennon para exemplificar: o sensor captura a cena, os dados são mostrados como uma luz esférica e, no final, a imagem computadorizada é gerada.
(Fonte da imagem: Reprodução/Toms Guide e The Verge)
Propriedades revolucionárias
Ele também explica que o dispositivo pode ser melhor do que uma câmera de vídeo primitiva, porque ser um sensor sem lente possibilita a captura de luz em movimento com maior qualidade do que é possível com uma única imagem, desde que não se perca nenhum pixel para conseguir foco nem haja excesso de saturação.
Todavia, usar uma “lente” que é menor do que a ponta de um lápis não renderá resultados de muita qualidade. As imagens produzidas pela invenção de Gill têm a resolução máxima de 128x128 pixels. E essa versão já foi aperfeiçoada em relação ao seu protótipo original, que fotografava imagens de apenas 20 pixels.
(Fonte da imagem: Reprodução/Toms Guide)
A intenção de Gill não é substituir câmeras maiores. Em vez de se focar em fazer câmeras microscópicas de alta resolução, ele está tentando modificar a ideia básica de criação de imagens. “Nós trocamos o peso da formação de uma imagem de uma tarefa puramente ótica para uma tarefa de propriedades óticas e computadorizadas”, diz o pesquisador.
Essa invenção pode levar à criação de sensores minúsculos, baratos e de fácil fabricação que podem ser usados em outros dispositivos digitais, permitindo com que captem o que acontece no ambiente e transmitam a informação de forma eficiente o bastante para que seus usuários entendam.
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