(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)
Enquanto a maioria das empresas aposta em ondas eletromagnéticas para tornar mais fácil o compartilhamento de arquivos, a Microsoft desenvolveu um método do tipo que se baseia unicamente em sons. A novidade criada pela empresa, batizada como “NFC P2P acústico”, ou Dhwani, permite que smartphones recebam e enviem arquivos através de seus microfones e saídas de som.
Assim, não é preciso possuir um dispositivo compatível com sinais Bluetootht, WiFi ou até mesmo com o NFC tradicional para funcionar. Apesar de utilizar a sigla conhecida, os aparelhos que contam com a nova tecnologia não são compatíveis com aqueles que utilizam o protocolo de transferência baseado em ondas de rádio — algo que pode gerar alguma confusão.
O Dhwani funciona da seguinte maneira: após instalar um software especial em seu smartphone, basta colocar sua saída de som próxima ao microfone de outro aparelho que também possua o aplicativo. Embora o alcance da tecnologia seja curto, é possível enviar e receber arquivos mesmo que os dois gadgets utilizados não estejam perfeitamente alinhados.
Para evitar interferências externas, a tecnologia utilizada uma técnica na qual o dispositivo receptor transmite ruídos aleatórios que ajudam a determinar onde está o sinal correspondente ao aparelho que está enviando arquivos. Para um receptor externo, a impressão que fica é a de que o smartphone está simplesmente reproduzindo sons dignos dos antigos modems usados em conexões de internet discadas.
Tecnologia para países emergentes
Segundo a Microsoft, em média a tecnologia permite realizar transferências com velocidade de 2,4 kB por segundo — valor cerca de 20 vezes menor do que os modems de 56Kbps. Ciente disso, a empresa acredita que a novidade sirva mais para transferir informações de cartões empresarias e endereços de sites do que como uma forma viável de enviar e receber arquivos de vídeo e áudio.
(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)
Apesar das restrições que possui, o Dhwani é um passo importante para o desenvolvimento de protocolos P2P que dispensam o uso de sinais eletromagnéticos. Isso se mostra especialmente interessante para países como a Índia, no qual celulares tradicionais ainda possuem uma participação de mercado mais relevante do que os smartphones.
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