Quando comparada a outros aspectos de nossa vida, é fato que a tecnologia evolui em uma velocidade bastante surpreendente. Para comprovar isso, basta olhar para o mercado de smartphones: aparelhos como o Samsung Galaxy S3 e o iPhone 4S possuem hardwares e recursos muito mais atrativos do que qualquer aparelho lançado há cinco anos.
Apesar desse ritmo rápido de mudanças, existem tecnologias que ficam marcadas como o símbolo de uma década. Os anos 90 são especialmente emblemáticos nesse sentido por representarem um ponto em que muitos dos aparelhos que usamos em nosso cotidiano ainda estavam dando os primeiros passos ou nem sequer tinham sido inventados.
Assim como as boy bands e o movimento grunge, existem dispositivos que viraram verdadeiros sinônimos dessa década. Neste artigo, reunimos alguns exemplos de aparelhos que, apesar de parecerem antigos e estranhos atualmente, já foram sinônimos de avanço tecnológico e modernidade.
Jogos em cartuchos
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Quem entrou no mundo dos jogos eletrônicos a partir das gerações de 32 ou 128-bits nunca vai entender o que havia de especial nos jogos em cartucho. Iniciar uma nova partida em consoles como o Super Nintendo e o Mega Drive era um verdadeiro ritual que envolvia passos importantes como assoprar o chip e rezar para que o video game reconhecesse o jogo corretamente.
O último grande representante dessa tecnologia foi o Nintendo 64, e há quem diga que foi justamente o uso dela que fez com que a Nintendo perdesse espaço para a concorrência. Claro, até hoje as “fitas” são usadas em aparelhos portáteis, mas eles simplesmente não possuem o mesmo sentimento mágico dos produtos fabricados no passado.
Fitas cassete
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
A década de 90 decretou a morte das fitas cassete que desde os anos 70 eram verdadeiros sinônimo de portabilidade quando o assunto era música. Conseguir gravar faixas nesses dispositivos era um verdadeiro trabalho de arte que envolvia muitos cálculos matemáticos e paciência para ser finalizado.
Como os dispositivos só podiam armazenar um máximo de 60 minutos (30 de cada lado), era preciso ter uma boa memória para que uma faixa não ficasse cortada devido a um erro de programação. Quem dependeu delas sabe o quanto era fácil perder uma tarde inteira simplesmente esperando que uma música tocasse nas rádios para poder gravá-la — e nem o fato de que o slogan da estação era falado diversas vezes no meio dela tirava a satisfação de poder ouvi-la novamente.
VHS
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Outra tecnologia que teve seus últimos momentos de glória durante os anos 90 foram as fitas VHS, responsáveis pelo sustento de várias locadoras durante um tempo considerável. Essas verdadeiras peças de museu representavam a única chance de podermos assistir a filmes em casa em uma época em que a televisão a cabo ainda apresentava um conteúdo bastante limitado.
A frase “por favor rebobinar antes de devolver” ficou marcada na mente de qualquer pessoa que dependia desses dispositivos para se divertir. Caso a condição não fosse cumprida, havia até mesmo multas que aumentavam o valor de um aluguel.
CDs
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Embora os CDs ainda sobrevivam, é inegável que o número de vendas do formato está caindo a cada ano que passa. O auge da tecnologia sem dúvida foram os anos 90, nos quais não era incomum ver pessoas se desfazendo de coleções imensas de vinil simplesmente para substituí-las pelos discos compactos.
Walkman/Discman
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Acredite ou não: houve uma época em que, para ouvir músicas, não havia qualquer espécie de reprodutor digital. Durante a década de 90, ninguém conseguia imaginar a ascensão do iPod, e usar celulares para qualquer coisa que não fosse falar com outra pessoa era algo que ainda estava muito longe de ser possível.
Nessa época, quem gostava de ouvir seus artistas em qualquer lugar obrigatoriamente tinha que adquirir um walkman ou, se tivesse mais dinheiro, um discman. Em ambos os casos, o número de faixas disponíveis era bastante limitado, o que obrigava cada pessoa a pensar muito bem no que ela gostaria de ouvir antes de sair de casa.
TVs e monitores de tubo
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Embora muitas pessoas ainda possuam dispositivos do tipo, é impensável chegar a uma loja e pedir por um aparelho com tais características. A partir dos anos 2000, tecnologias como o LCD se tornaram cada vez mais baratas e decretaram o fim dos antigos televisores e monitores baseados em tubos catódicos.
Mini games
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Nada mais fácil do que destruir os sonhos de uma criança esperançosa por ganhar um Game Boy ou Game Gear do que dar a ela um dos famosos mini games. Embora alguns deles até tentassem reproduzir títulos famosos como Shinobi e Mortal Kombat, as experiências oferecidas não eram exatamente fiéis ao material original — isso quando o produto comprado não era simplesmente uma imitação de Tetris, porém sem a trilha sonora original.
Câmeras com filme
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Embora ainda exista quem prefira os filmes fotográficos às tecnologias digitais, é fato que o mercado das câmeras analógicas chegou ao fim há muito tempo. Usar dispositivos do tipo fazia com que a revelação de fotografias resultasse em uma grande quantidade de surpresas, sendo que muitas delas eram simplesmente descartadas porque o resultado obtido não era o desejado — processo que atualmente só depende de selecionar uma opção em uma pequena tela LCD.
Mouses com esfera
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Antes dos sensores ópticos ganharem o mercado, os mouses com esfera (chamas popularmente de “bolinhas”) eram o padrão da indústria. Tentar usar qualquer computador sem o auxílio de um mousepad era um desafio hercúleo, pois deslizar o dispositivo de um lado para outro era uma tarefa quase impossível na maioria das superfícies.
O uso da “bolinha” também fazia com que muitos dispositivos tivessem um prazo de validade bastante curto devido à sujeira que acumulava em seu anterior. Quem nunca abriu um mouse para limpar suas partes internas deve se considerar um felizardo por viver em uma época em que a informática pessoal já atingiu um bom grau de desenvolvimento.
Disquetes
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
1,4 MB — era essa a “incrível” capacidade dos disquetes, que um dia foram considerados indispensáveis para transportar arquivos. A incrível fragilidade dos dispositivos fazia com que os documentos armazenados dentro deles fossem apagados ou corrompidos com uma frequência impressionante, o que tornava seu uso uma espécie de roleta-russa digital.
Telefones de disco
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Enquanto atualmente muitas pessoas nem sequer têm uma linha de telefone fixo em casa, houve uma época em que essa era a melhor forma de se comunicar com o mundo. Os aparelhos baseados em disco eram um verdadeiro exercício para os dedos, o que fazia com que números que possuíam algum zero em sua composição fossem temidos.
Dispositivos do tipo foram abandonados e trocados por modelos com botões digitais. Ainda é possível encontrá-los em lojas que vendem produtos retrô, mas os modelos fabricados atualmente não possuem o mesmo charme daqueles adquiridos em um passado não tão distante.
Rádio FM, uma sobrevivente
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo — Andre Tachibana)
Embora ainda desfrutem de bastante popularidade, as rádios FM tiveram seu verdadeiro momento de glória durante a década de 90. Em uma época em que a internet não era bem difundida, esse meio de comunicação era a principal arma que gravadoras possuíam para divulgar novos artistas.
A rede mundial de computadores trouxe outras opções às pessoas, abrindo a porta para que a cena independente ganhasse espaço. Mesmo assim, as rádios continuam tendo papel importante devido à facilidade com que é possível acessar seu conteúdo — basta um aparelho de pilhas para ter horas de informações e entretenimento sem ter que pagar nada por isso.
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