Meu querido gabinete! (Fonte da imagem: Divulgação/Antec)
Os smartphones e tablets aparecem cada vez mais cheios de funções – e trazem capacidades de processamento verdadeiramente impressionantes. São câmeras com resoluções incríveis, funções inteligentes de leitura e ferramentas únicas, como projetores para paredes, por exemplo.
Assim, da mesma forma que há 30 anos os analistas não acreditavam que as pessoas teriam computadores pessoais em casa, talvez ninguém imaginasse também que, tão rapidamente, teríamos aparelhos com processadores quad-core dentro dos nossos bolsos.
Isto faz muitas pessoas chegarem a uma simples conclusão: com tamanha evolução, os PCs de mesa estão com os dias contados, afinal de contas, os portáteis já fazem por mim praticamente tudo o que eu preciso. Mas será que isso é mesmo verdade? Talvez haja, ainda, alguns fatores nos quais eles se mantenham mais firmes do que você imagina. Confira!
1. A história nos mostra
Basta realizar uma rápida pesquisa no Google para ver que muitas pessoas acreditam que os portáteis vão substituir os PCs. Contudo, essa afirmação é muito vaga e não há, de fato, algo realmente conclusivo para provar tal previsão. Em contrapartida, basta olhar um pouco para trás para perceber que, na maioria das vezes, as tecnologias andam de mãos dadas, em vez de substituir umas às outras.
Netbook decepcionaram os analistas (Fonte da imagem: Reprodução/Laptop Previews)
Nós vimos isso com o rádio e a televisão, por exemplo. Melhor ainda: basta olhar o mercado de alguns anos para cá, quando também se falou que os notebooks substituiriam os PCs.Depois, os netbooks seriam os carrascos e, agora, os ultrabooks e os tablets. Se antes isso não ocorreu, provavelmente também não acontecerá agora.
2. Criar versus consumir
Não há como negar: tablets e smartphones são bem mais práticos de se usar. Este tipo de aparelho é mais leve e menor, de forma que você é capaz de lançar mão dele em vários lugares diferentes, esteja você no ônibus, deitado na sua cama ou, quem sabe, até mesmo no banheiro.
Contudo, isso mostra qual é a principal função deste tipo de gadget: o consumo de informações. Sim, os portáteis são bons para você ver algum vídeo ou ler sites e revistas, mas criar algo utilizando essas plataformas é praticamente impossível.
Melhores para se criar conteúdo (Fonte da imagem: Reprodução/ThinkStock)
Apesar da constante evolução de hardware, as capacidades de processamento de um computador de mesa são infinitamente superiores. Além disso, outros fatores também influenciam, como o conforto e ergonomia na utilização de tal máquina durante horas a fio.
Que tal escrever um artigo como este aqui, por exemplo, utilizando somente o teclado virtual de um iPad? Você até pode não achar tão ruim assim essa tarefa, então, propomos um desafio maior: se um texto é fácil de ser redigido em um tablet, por que não desenvolver um programa, escrever códigos ou, quem sabe, criar uma página de internet diretamente na interface de um portátil?
Esses gadgets podem ser bons em algumas questões profissionais, como utilizar algum em uma apresentação ou ler os emails e realizar ajustes na sua agenda. Contudo, na maioria dos casos, enquanto os portáteis são bons para você consumir conteúdo, os PCs de mesa ainda são a melhor ferramenta para se trabalhar. E este é um dos principais motivos pelos quais muitas pessoas acreditam que ambas as plataformas devem coexistir.
Surface com teclado (Fonte da imagem: Divulgação/Microsoft)
Inclusive, a Microsoft e a Asus parecem já ter percebido isso, lançando aparelhos com teclados integrados e que podem ser conectados ou não, de acordo com o desejo do seu dono. Porém, isso pode ser somente uma “muleta”, que não torna, de fato, estes aparelhos funcionais quando as exigências são maiores.
3. Vendas continuam bem
As vendas de aparelhos portáteis vêm mostrando números impressionantes. E a previsão é que essa curva de crescimento continue, uma vez que são esperadas, para 2012, vendas na casa dos 107,4 milhões de aparelhos – isso falando somente dos tablets. Números impressionantes, mas que não vêm abalando tanto assim as saídas de computadores.
Apesar de o crescimento da demanda de PCs ter caído, ela segue uma tendência semelhante à dos últimos anos. E há várias explicações para isso, como o fato de o ciclo de vida de um computador ser maior. Existe um grande número de pessoas que conta com o mesmo PC em sua casa há vários anos. Basta ver que, somente agora, o Windows XP vem perdendo a liderança do mercado, por exemplo.
Vendas seguem firme (Fonte da imagem: Reprodução/The Guardian)
Um desktop com um processador Pentium Dual-Core ainda é capaz de dar conta do recado na maioria das vezes, sendo capaz de processar vídeos em boa resolução, executar com tranquilidade programas de escritório, navegar na internet e, até mesmo, rodar alguns bons games clássicos.
4. Upgrade
As atualizações também jogam a favor dos computadores de mesa. Se você tem um smartphone ou um tablet, para conseguir um hardware melhor você precisará comprar um novo aparelho por completo. Já se você tem um notebook, trocar peças é tarefa complicada, pois há diversos problemas de compatibilidade – isso sem falar no preço elevado, na maioria dos casos.
Agora, se você tem um PC de mesa e deseja realizar upgrades, quase sempre o que você precisa fazer é abrir o gabinete e trocar as partes. Assim, você pode aumentar a sua capacidade de armazenamento, memória RAM ou inserir uma nova e mais potente placa de vídeo sem grandes problemas. Esta facilidade agrada às pessoas, que acabam preferindo ter, em casa ou no escritório, uma máquina de mesa.
5. Armazenamento e computação nas nuvens
Hoje em dia, os melhores tablets do mercado não têm mais do que 32, 64 ou 128 gigabytes de espaço para armazenamento. Isso torna necessária a utilização da computação nas nuvens para que você possa guardar a maioria dos seus dados. E será que isso já é seguro de ser feito? Ataques frequentes mostram que alguns sites confiáveis acabam se mostrando frágeis.
Muitos gigabytes de alegria (Fonte da imagem: Reprodução/iStock)
Além da questão da privacidade dos seus dados, outro ponto é a agilidade no acesso. Com tudo na rede, sempre que você quiser acessar algum arquivo, você terá que contar com a boa vontade da sua conexão com a internet. Que tal editar uma imagem, por exemplo, e precisar encontrá-la em seus servidores online, baixá-la para o seu aparelho, fazer as mudanças para, depois, ter que realizar novamente o processo de enviar, hospedar...
6. Eu gosto de assoviar e chupar cana
Apesar de a multitarefa já ter evoluído consideravelmente nos gadgets móveis, os PCs ainda são o melhor lugar para quem deseja fazer várias coisas ao mesmo tempo. E há alguns casos em que essa diferença ainda é gritante. Que tal escrever um email para o seu chefe e ter que checar alguma informação em alguma outra mensagem?
No smartphone, essa tarefa pode até não ser tão difícil, mas provavelmente vai levar vários minutos – e pode requerer muita paciência. Agora, se você tiver que abrir algum arquivo, uma planilha de Excel, por exemplo, aí tudo ficará bem mais complicado. No seu computador de mesa, você pode fazer tudo isso enquanto assiste a um vídeo no YouTube, passeia pelo Tecmundo e edita uma imagem – tudo, é claro, em uma tela bem maior.
7. Compatibilidade e periféricos
Neste quesito, os computadores de mesa ainda ganham de lavada de qualquer outro dispositivo. Se o tamanho e pouca mobilidade são os seus pontos fracos, em contrapartida, um PC conta com entradas de rede, conexões para som, vários monitores, HDMI, um excelente número de portas USB – isso sem falar na grande diversidade de periféricos.
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E você, acredita que os computadores de mesa vão desparecer e dar lugar somente aos dispositivos portáteis ou acha que essas máquinas ainda têm muita lenha para queimar?
Fonte: The Guardian, The Economic Times, Arun Kottolli Blog, Yahoo! Voices, Macworld UK, TechTalk Africa, Cleveland, VG24/7, Laptop Magazine, PCWorld, Gizmodo e Los Angeles Times
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