Urna eletrônica brasileira ainda é alvo de controvérsias. (Fonte da imagem: José Cruz)
A urna eletrônica brasileira é costumeiramente apontada como um dos mais avançados métodos de votação utilizados em todo o mundo. Entretanto, não é difícil encontrar críticas que confrontem a sua total eficácia.
Argumentos relacionados à impossibilidade de recontagem de votos ou ainda a possíveis violações internas feitas nas urnas estão entre os mais utilizados. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, rebate as críticas e defende o modelo, garantindo-o novamente para as eleições municipais marcadas para o próximo mês de outubro.
Segurança posta à prova
Em março deste ano, um teste público promovido pelo TSE na Universidade de Brasília (UnB) encontrou uma falha de segurança que permitia desembaralhar a ordem dos votos, voltando à ordem original. Em tese, isso poderia comprometer o sigilo do voto, mas tal fato não ocorreu.
Conforme relatou a Folha de S.Paulo, o professor Diego Aranha, responsável pelo grupo que empreendeu o ataque-teste à urna, “dada a severa limitação de tempo, não tivemos tempo hábil para executar o plano de testes que analisava a dificuldade de violar a integridade dos resultados de uma eleição simulada”.
A falha foi corrigida nas urnas que serão usadas em outubro de 2012, mas ainda deixa dúvidas sobre a inviolabilidade e a total eficácia do método brasileiro.
Contra e a favor
A possibilidade de fraudes internas, levadas a cabo por funcionários do próprio TSE, é uma das acusações feitas pelos críticos do modelo atual. O Tribunal afirma que a fraude seria praticamente impossível, pois demanda um investimento altíssimo em supercomputadores capazes de quebrar a criptografia e a assinatura digital das urnas dentro do curto espaço de tempo entre votação e apuração.
Outra acusação parte para o caminho da impossibilidade de recontagem e conferência dos votos, sugerindo o retorno à votação de papel ou então um método de impressão do voto, para que o eleitor mesmo possa conferir se sua opção foi registrada de forma correta. A isso o TSE se defende garantindo que problemas com transporte e armazenamento dos comprovantes são um empecilho, além de tornar o processo todo muito mais caro.
Apesar dessas e de outras controvérsias, o Tribunal confirma que, em outubro de 2012, as urnas eletrônicas estarão presentes como sempre nas eleições que vão eleger prefeitos e vereadores por todo o Brasil.
Fonte: Folha de S.Paulo
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