Desde o ano passado, os Estados Unidos chamam a atenção de todo o mundo com as ações de espionagem da NSA — tanto que muitos líderes de estados se pronunciaram publicamente com o objetivo de recriminar essas atividades. Acontece que o Departamento de Defesa dos EUA conta com um projeto que vai totalmente contra essa intromissão praticada há alguns meses.
Nós estamos falando do programa Safer Warfigther Communications, conduzido pela Defense Advanced Research Projects Agency (ou apenas DARPA) do Pentágono. Essa iniciativa tem o objetivo de criar uma série de ferramentas que garantem o anonimato das pessoas na internet, mas sem que seja necessário utilizar o famoso Tor.
Assim, os usuários desses recursos não precisariam utilizar um sistema que é intimamente ligado a atividades ilegais, como o tráfico de pessoas e de drogas. Além disso, essas novidades criadas pelo Pentágono são voltadas para militares dos EUA em missões em países com restrições de internet (como Coréia do Norte e Turquia), de modo que dados confidenciais não sejam interceptados.
Vamos aos detalhes das operações
De acordo com o que foi divulgado por diferentes fontes internacionais, a DARPA está trabalhando em várias ferramentas de somente uma vez. Uma delas é a Service Oriented Netcoded Architeture for Tactical Anonymity (ou SONATA). Esse recurso é uma espécie de nova geração e concorrente do Tor, que trabalha com uma rede distribuída de voluntários. Em uma explicação breve, a diferença é que o SONATA se "mistura" ao tráfego de internet para não ser identificado.
Outro recurso em desenvolvimento é o Curveball. Com a colaboração de provedores de internets, seriam instalados roteadores especiais em suas redes, sendo que clientes "curveball" poderiam utilizá-los. Com isso, essas pessoas utilizariam esses roteadores para disfarçar a sua presença em sites bloqueados ao sinalizar que você está em uma página desbloqueada — um exemplo dado foi de você estar no Facebook e o Curveball apontar que você está no Amazon.
Parece estranho, não é mesmo?
Apesar de todo o programa DARPA ser voltado para militares, parece estranho que o Pentágono crie ferramentas que podem atrapalhar os esforço de um outro braço do seu próprio exército. No entanto, representantes da organização afirmam que esse problema não existe, já que o Curveball ou o SONATA foram criado para atender a uma necessidade interna dos EUA.
Mesmo assim, eles não deixam de considerar que as ferramentas criadas podem cair na mão de "seus inimigos" ou do público. Contudo, até mesmo essa situação seria positiva, pelo simples fato de que os Estados Unidos continuariam na frente da corrida tecnológica bélica — um posto que é considerado essencial pelo Pentágono.
Por fim, o porta-voz da organização nesta situação e diretor da DARPA, Dan Kaufman, alegou que essas ferramentas de anonimato são essenciais para "disseminar a democracia ocidental". E aí, qual a sua opinião sobre o assunto? A sua resposta pode ser postada no formato de um comentário.
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