General responsável pela Defesa Nacional Cibernética diz que nenhuma nação está preparada para conflitos no mundo virtual. (Fonte da imagem: Reprodução/Olhar Digital)
Você já deve ter ouvido alguma coisa sobre guerra cibernética em algum lugar. Trata-se de fato de uma batalha travada no campo virtual que, provavelmente, teria a função de enfraquecer e causar o caos no território do inimigo. EUA e China já possuem agências desenvolvidas para lidar com esse tipo de ação, e o Brasil deve investir R$ 400 milhões nessa área para se manter seguro.
As informações são do General do Exército Brasileiro José Carlos dos Santos, que assumiu em 2012 o Centro de Defesa Cibernética do país, o CDCiber. A cifra que o centro receberá até 2015 deve preparar o país para a proteção de redes públicas em grandes eventos, como a Copa do Mundo FIFA e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Cerca de dez projetos receberão esses recursos”, explicou o general Santos.
Mesmo com investimentos grandes como o esperado para o CDCiber, o general afirma que nenhuma nação está hoje completamente blindada contra ataques virtuais massivos a fim de realmente promover uma guerra nesse campo. “O atacante tem que ter condições técnicas e políticas para realizar tal tipo de ataque, o que necessita de uma conjuntura internacional de guerra tradicional.”
Uma guerra na internet
Sendo assim, o foco da defesa virtual brasileira é o de basicamente resistir e prevenir esse tipo de ataque. Ainda assim, o general explica que, mesmo com esse foco, o país também se prepara para retribuir tais ofensivas, realizando inclusive treinamentos e simulações. Contudo, esse tipo de agressão não faz parte da filosofia de paz internacional adotada pela constituição brasileira.
Mesmo com toda essa preparação, as ações do CDCiber se voltam primariamente para a defesa de redes em grandes eventos, mantendo a segurança delas. Além disso, o centro deve também organizar as instituições que trabalham com a internet no país para manter a rede mais segura no geral.
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