Embora atualmente restritos a espaços especialmente projetados por companhias da área da tecnologia, supercomputadores em breve podem se tornar algo mais comum e ganhar o tamanho de um desktop convencional. Quem afirma isso é a empresa Optalysys, que alega estar próxima de apresentar ao mundo o protótipo de um computador ótico com capacidade de cálculo de 346 gigaflops — algo que deve acontecer em questão de poucos meses.
Mesmo que esse potencial não seja tão alto quanto o visto nos melhores supercomputadores do mundo, ele se mostra suficiente como prova de conceito. O dispositivo deve funcionar a partir de lasers de baixa intensidade que são irradiados através de várias camadas líquidas de grades de cristal, cuja intensidade é alterada dependendo da tarefa pretendida.
Os diferentes padrões resultantes da interferência provocada pelo material utilizado podem ser usados para resolver problemas matemáticos e outros tipos de desafio. Segundo a Optalysys, o uso de múltiplas grades permite que o sistema realize cálculos simultâneos de forma mais eficiente que a vista em supercomputadores tradicionais.
Planos futuros
Outra vantagem do sistema é o fato de ele consumir uma quantidade bastante limitada de energia, gastando o equivalente a algumas centenas de dólares anuais em comparação aos milhões necessários para operar o Tianhe-2. O tamanho compacto do dispositivo também se apresenta como uma vantagem, visto que não é preciso contar com grandes estruturas físicas para acomodá-lo adequadamente.
Finalizado o protótipo, a Optalysys pretende investir em dois novos produtos: o primeiro deles será um coprocessador ótico voltado ao trabalho com megadados (“Big Data”, em inglês). Já o outro dispositivo vai ser um supercomputador com capacidade de 9 petaflops, cujo lançamento está esperado para o ano de 2017 — com planos de que uma nova versão, programada para 2020, consiga atingir a capacidade de 17,1 petaflops.
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