Aaron Sorkin após ganhar o Oscar pelo roteiro de "A Rede Social" em 2011. (Fonte da imagem: Reprodução/IMDb)
Reuters. Por Christine Kearney - O roteirista Aaron Sorkin ainda não sabe como transpor a vida de Steve Jobs para a tela, mas tem certeza de que não se limitará a um mero relato biográfico.
Sorkin, ganhador do Oscar pelo roteiro de "A Rede Social", que narra a história do Facebook, e criador da série de TV "The West Wing", disse nesta quinta-feira que procura um elemento de tensão ou um obstáculo na vida de Jobs que possa amarrar o filme.
O estúdio Sony Pictures anunciou na terça-feira que Sorkin irá adaptar a biografia escrita por Walter Isaacson sobre a vida do enigmático gênio por trás do iPod e do iPhone. Jobs morreu em outubro, aos 56 anos, vítima de câncer no pâncreas.
"Sei muito pouco sobre o que eu vou escrever. Sei o que eu não vou escrever. Não pode ser uma biografia em linha reta, porque é muito difícil chacoalhar a estrutura de uma biografia do berço à tumba", disse Sorkin a jornalistas na entrevista coletiva em que lançou sua nova série para a HBO, "The Newsroom".
Sorkin observou que "A Rede Social" via a história do Facebook pelo prisma de um processo judicial que contrapôs o executivo Mark Zuckerberg a colegas seus de Harvard.
"Drama é tensão versus obstáculo. Alguém quer alguma coisa, algo está no caminho impedindo. Eles querem o dinheiro, eles querem a menina, eles querem chegar a Filadélfia, não importa... Preciso encontrar o fato, e vou encontrar. Só não sei qual é."
Sorkin disse que vai começar a se dedicar integralmente ao filme sobre Jobs no final de junho, após o lançamento de "The Newsroom", que se passa nos bastidores de uma rede de TV. Ele contou que Steve Wozniak, cofundador da Apple com Jobs, foi contratado pelo estúdio como "tutor" de todos os aspectos relacionados à informática e à própria vida de Jobs.
Wozniak e Jobs fundaram a Apple numa garagem em 1976. Wozniak deixou a empresa em 1987, mas se manteve em contato com Jobs até a morte dele.
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