O mercado de startups brasileiras está cada vez mais aquecido e cheio de ideias inovadoras, tanto no mercado online – por meio de aplicativos – quanto no offline. Por vezes, filtrar tudo isso e disseminar novos pensamentos não é tarefa fácil, ainda mais quando não há uma “peneira” para canalizar tudo o que aparece. A Associação Brasileira de O2O, fundada por 24 empresas de tecnologia líderes em seus segmentos, acabou de chegar para servir como solução a esse cenário.
Uma das empresas mais presentes no mundo virtual é a IguanaFix. Diretamente no site dela você consegue contratar serviços e profissionais dos mais variados, como pintura de paredes, fretes, pedreiros, eletricistas, montadores de móveis e até mesmo serviços de organizadores pessoais. Clique aqui para acessar o site de empresa.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Junto às companhias, três fundos de investimento encabeçam a empreitada. O anúncio foi feito em São Paulo, em evento no qual o TecMundo esteve presente. Trata-se da primeira associação do Brasil que reúne os representantes do setor de O2O, iniciativa inédita na América Latina.
Aliás, o termo “O2O”, para esclarecer aos que desconhecem, resume a expressão “online to offline” e define o modelo de negócios que utiliza canais online para a venda de serviços, produtos do mundo offline e vice-versa. Exemplos já bem conhecidos de O2O são o uso de apps para solicitar transporte, como Easy Taxi e o 99 Taxis, ou a reserva de mesas em restaurantes, como Grubster e Restorando.
Estudo estima que potencial desse mercado é de R$ 1 trilhão ao ano
No Brasil, um estudo inédito produzido pela Associação Brasileira de O2O (ou simplesmente ABO2O) estima que o potencial para esse mercado é de R$ 1 trilhão ao ano, impulsionado pelo surgimento de serviços inovadores e pelo boom de investimentos no setor. Também deve contribuir para essa expansão a maior penetração do uso de internet móvel por smartphones, que deve crescer dos atuais 34,4% (2015) para 47,6% da população brasileira até 2018.
Até nos cenários mais modestos o estudo revela que a taxa de crescimento do setor O2O será sempre no patamar de dois dígitos ano após ano, índice muito superior ao registrado por negócios da economia tradicional.
Crise não afeta procura por serviços
De acordo com Fernando Okumura, vice-presidente da ABO2O e CEO do Kekanto, mesmo na situação adversa em que está nossa economia, há espaço para buscas de pessoas e, principalmente, serviços. “Mesmo em um momento conturbado da economia brasileira, quem precisa contratar pessoas ou serviços, por exemplo, encontra dificuldades de achar profissionais qualificados em áreas como limpeza ou logística. Serviços como O2O podem resolver esse desequilíbrio entre oferta e demanda, conectando profissionais às pessoas ou empresas que precisam contratá-los”, afirmou.
Em alguns segmentos, como pedidos de táxi e entrega de comida, a plataforma O2O já apresenta forte adesão dos consumidores. De acordo com o estudo da ABO2O, 20% das chamadas de táxi nas grandes cidades brasileiras já ocorrem via app. Patamar similar é registrado no setor de delivery de comida. Um em cada cinco pedidos de entrega de refeição no Brasil é feito via aplicativo mobile. No conjunto de todos os serviços, porém, o país aparece em estágio inicial de desenvolvimento do setor O2O, o que revela a existência de grandes oportunidades para expansão.
A análise da associação sugere que, nos próximos anos, devem aparecer novos serviços O2O no país, aumentando a segmentação dos players, fenômeno que já ocorre em mercados em que essa plataforma está mais madura. Falta, aqui no Brasil, o surgimento de market places de O2O que agreguem diferentes produtos e serviços em uma única aplicação, com interfaces unificadas de pagamentos e relacionamento com o consumidor final.
Brasil e China: dois mercados parecidos
Yan Di, presidente da ABO2O e diretor-geral do Baidu Brasil, afirmou que um dos objetivos centrais da associação é incentivar o crescimento do mercado brasileiro de O2O. Na China, o segmento está mais consolidado, mas também demorou para alcançar o status atual e tem um comportamento parecido com o que vemos por aqui.
“São objetivos centrais da ABO2O incentivar o crescimento do mercado brasileiro de O2O, defender o interesse coletivo da indústria e auxiliar as empresas do setor a desenvolver serviços que facilitem a vida do consumidor com a oferta de produtos mais inteligentes e práticos”, disse.
Perguntado pelo TecMundo sobre a adesão de novas startups, o executivo disse que o processo se resume a entrar em contato com a associação – algo que pode ser feito por meio do site oficial, o www.o2obrasil.com.br – e verificar os temas que se enquadram na filosofia O2O.
O presidente também falou sobre o atual momento da economia brasileira e disse que ele é “adequado para o crescimento do O2O justamente por pressionar consumidores e empresas a buscarem maior eficiência em seus custos e operações”, algo que é característica central do O2O.
As 24 empresas fundadoras da Associação Brasileira de O2O
Confira quais são as companhias que fundaram a AB020 na lista adiante:
- 99 Taxis
- Iguanafix
- Apontador
- Loggi
- Baidu
- Kekanto
- ChefsClub
- Mercode
- Confrapar
- Moip
- Easy Taxi
- Monashees
- Emprego Ligado
- Peixe Urbano
- emotion.me
- Rapiddo
- Get Ninjas
- Restorando
- Grubster
- Trinks
- Guia de Motéis
- Vaniday
- HelpSaúde
- W7 Venture Capital
Como você avalia a existência de uma associação que busca centralizar startups que ofereçam serviços online e offline? Discuta o assunto no Fórum do TecMundo.
Categorias