Os fãs da série de filmes clássicos de aventura espacial e seguidores de longa data do trabalho de Carrie Fisher no cinema podem, finalmente, respirar aliviados: Hollywood não vai recriar a artista digitalmente para que ela apareça em futuros filmes na franquia Star Wars. O pronunciamento oficial sobre o assunto foi feito na última sexta-feira (13) no site da Lucasfilm – eterna produtora dos longas-metragens, criada por George Lucas e atualmente de propriedade da Disney.
Esse esclarecimento vem em uma boa hora, já que tanto os internautas quanto a crítica especializada andavam especulando acerca do tema desde o falecimento da atriz, no último dia 27 de dezembro. A preocupação era que o estúdio iria recorrer às habilidades da Industrial Light & Magic para criar digitalmente Fisher nas telonas. O burburinho tinha um certo embasamento, uma vez que o recente “Rogue One: Uma História Star Wars” usou e abusou desse tipo de recurso.
Recriar Cushing nas telonas exigiu um ator semelhante e muita computação gráfica
A decisão causou bastante polêmica e dividiu os fãs
O spin-off da família principal de filmes se passa antes da trilogia original, da década de 1970, e misturou atores de verdade e “magia” digital para recriar o ator Peter Cushing – morto em 1994, aos 81 anos. O ator britânico interpretava o vilanesco Grand Moff Tarkin e voltou digitalmente para a pele do personagem no ano passado, já que o militar aparece em diversas cenas da produção. A decisão causou bastante polêmica e dividiu os fãs, muitos dos quais acharam que a estratégia de alguma forma macularia a imagem do artista.
Versão digital de Leia tentou reproduzir a imagem de Fisher aos 19 anos em "Rogue One"
A própria Carrie Fisher apareceu em uma versão em computação gráfica – e muito mais nova – em “Rogue One”, já que sua personagem, a princesa Leia Organa, também participa de um trecho da história que precede “Uma Nova Esperança”. Apesar do retrospecto recente indicar um possível caminho para contornar a morte da atriz caso ela tivesse um papel mais importante e participativo na atual trilogia cinematográfica, a Lucasfilm garantiu que isso não vai acontecer.
Princesa e amiga
“Nós geralmente não respondemos a especulações dos fãs ou da imprensa, mas há um rumor circulando por aí que gostaríamos de esclarecer. Queremos garantir aos nossos fãs que a Lucasfilm não tem planos de recriar digitalmente a performance de Carrie Fisher como Princesa ou General Leia Organa”, explicou o estúdio no início de sua carta aberta a respeito de toda essa polêmica.
“Carrie foi, é e sempre vai ser uma parte da família Lucasfilm. Ela era nossa princesa, nossa general e, mais importante que tudo isso, nossa amiga. Ainda sofremos muito com a sua perda. Nós estimamos muita a memória e o legado dela como Princesa Leia e sempre nos esforçaremos para honrar tudo que ela fez por Star Wars”, afirmou a subsidiária da Disney.
Fisher estava bastante envolvida com a atual trilogia
Rumores dizem que Leia realmente seria alguém bastante importante para a trama
Apesar da nota de esclarecimento, rumores dizem que Leia realmente seria alguém bastante importante para a trama de toda essa nova trilogia, até mesmo no longínquo Episódio IX. Como Fisher já havia gravado todas as cenas da sua personagem em Episódio VIII – ainda sem nome – até o meio do ano passado, o mais provável é que o diretor e roteirista, Rian Johnson, acabe tendo que fazer algumas mudanças na história antes da estreia do filme, que acontece no dia 14 de dezembro.
Paul Walker foi reproduzido digitalmente em diversas cenas de seu último filme
E você, o que acha de toda essa discussão? Acredita que é possível homenagear os atores já falecidos através de efeitos especiais e truques de câmera, como em “O Corvo” e “Velozes e Furiosos 7” – que perderam respectivamente Brandon Lee e Paul Walker, seus protagonistas, no meio das filmagens – ou é melhor respeitar o luto de todos? Deixe o seu comentário sobre o assunto mais abaixo.
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