Não é segredo para ninguém que um dos componentes de computadores desktop e notebooks mais cobiçados dos últimos anos são as memórias SSDs, dispositivos com tecnologia NAND Flash que substituem os famosos discos rígidos, que usam peças mecânicas obsoletas.
O motivo para tanta empolgação ao adquirir este equipamento é muito simples: ele promove uma melhora absurda na velocidade de leitura e escrita de arquivos, diminuindo o tempo de carregamento de tarefas de forma impressionante. Em alguns casos, essas atividades passam de minutos para poucos segundos.
Por este motivo, e cada vez mais, o consumidor tem optado por trocar seu HD por um SSD, mesmo que seu custo por GB ainda seja elevado, pois essa troca será mais impactante até do que a mudança de processador ou acréscimo de mais memórias para o sistema.
Por que a adesão a essa tecnologia ainda é lenta?
O SSD é mais rápido, mas também é muito mais caro que o HD comum, principalmente na relação de Custo por GigaByte, fazendo com que muitos consumidores optem por manter o SSD apenas para o sistema operacional e alguns programas e jogos, mantendo os arquivos maiores em HDs com TeraBytes de espaço.
Com o passar dos anos, a tecnologia começou a se tornar mais acessível com preços competitivos e maiores capacidades de armazenamento, contudo o mercado de memórias flash e RAM sempre foi muito mais dinâmico, principalmente no Brasil, devido ao câmbio e também aos trâmites legais de importação.
A má notícia...
Todo produto importado precisa ser classificado na Receita Federal antes de ser devidamente nacionalizado. Essa classificação é feita através do NCM, um código que funciona como o "RG" do produto, e determina a qual categoria esse produto pertence.
Essa classificação determina qual será a alíquota de impostos aplicada neste produto. Para os SSDs, até o mês de julho de 2015 funcionava assim:
NCM código 8473.30.99 (ACESS.P/MÁQS.AUTOM.PROC.DADOS)
- Imposto de Importação: 8%
- IPI: 10%
- PIS: 2,10%
- COFINS: 10,65%
Porém, desde o início de agosto, a Receita Federal arbitrou que a classificação de produtos NAND Flash deveria seguir a mesma receita que nos cartões de memória e pendrives e, quem sabe, melhorar a sua arrecadação seguindo como o exemplo a seguir:
NCM código 8523.51.10 (CARTÕES DE MEMÓRIA (#MEMORY CARDS#))
- Imposto de Importação: 16%
- IPI: 15%
- PIS: 2,10%
- COFINS: 9,65%
Desta forma, o II dobrou (de 8% para 16%) e o IPI passou de 10% para 15%. Em outras palavras, as novas importações de SSDs que estão chegando aos estoques das lojas estarão substancialmente mais caras, e quem pagará essa conta será o consumidor final, com o aumento de cerca de 30% para os produtos deste segmento.
A boa notícia (se é que existe)...
Se é que há uma boa notícia para nós, consumidores, no fim desta história, ela é apenas temporária. Você estava pensando em adquirir um dispositivo SSD no segundo semestre? Então aproveita AGORA enquanto algumas lojas estão trabalhando com estoques antigos desta categoria de produto antes que os novos preços apareçam.
Para isso, o TecMundo sugere algumas lojas que ainda estão vendendo produtos com estoque antigo. Ainda assim, vale a dica de ouro de sempre: pesquise e compare os preços em todas as lojas antes de concluir a compra, pois o preço pode mudar a qualquer momento, por conta justamente das variações de estoque nas lojas em questão.
Fontes