Um dos vice-presidentes do Spotify, Jonathan Forster, conversou com a Reuters recentemente e deu uma declaração no mínimo interessante. “Desde que o Apple Music foi lançado, nós temos crescido mais rápido e adicionado mais usuários do que antes”. Ou seja, para quem esperava que a concorrência fosse gerar problemas para o Spotify de alguma forma, não é bem isso que está acontecendo.
Foster ainda disse estar animado com o fato de a Apple ter entrado no mercado que ele ajudou a construir, uma vez que a pura presença da empresa nesse segmento já chama atenção para todos os demais concorrentes. “É ótimo que a Apple esteja no jogo. Eles definitivamente tornam o streaming mais conhecido. É difícil construir uma indústria por si só”, declarou Forster.
Atualmente, o Spotify tem mais de 30 milhões de assinantes que pagam mensalmente para ouvir o catálogo do serviço. Contudo, a empresa já está no mercado há 10 anos e conta com uma variante gratuita, com o mesmo acervo, porém com anúncios sendo exibidos entre as músicas.
É ótimo que a Apple esteja no jogo
O Apple Music, por sua vez, está há menos de um ano no segmento e já tem 13 milhões de assinantes. É interessante notar, entretanto, que o líder global Spotify não tem apenas a Apple como concorrente. A Google possui Play Música, e outros como Pandora e Tidal estão fazendo relativo barulho onde atuam.
Por conta disso, Forster e seus colegas já criaram uma estratégia para manter o Spotify na liderança. A ideia é oferecer mais conteúdo exclusivo em forma de vídeos e pequenos clipes de bastidores de grandes artistas.
O que pode ser um problema é que a empresa ainda não conseguiu gerar lucro significativo e, até agora, trabalha e se expande a partir de investimento de outras empresas, como a TPG Capital e a Dragoneer IG, que juntas colocaram US$ 1 bilhão no Spotify.
Spotify recebeu US$ 1 bilhão em investimento
Como esses fundos de investimento e empresas de capital uma hora tiram seu dinheiro da empresa, o Spotify terá que encontrar uma forma de se tornar altamente lucrativo no futuro. Contudo, Forster não acredita que uma aquisição por parte de uma empresa maior, como Google ou Facebook, seja a saída ideal.
“Eu sinto que o Spotify gosta de ser o Spotify. Nós lutamos muito para chegar onde estamos e somos muito felizes. Seria emocionalmente difícil não ser o que somos, mas quem sabe?”, afirmou o executivo.
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